EUA: Não buscamos conflito com a Rússia, mas estamos preparados para isso
A aliança militar ocidental Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) defenderá todos os aliados e territórios contra um ataque da Rússia, disse hoje o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, ao chegar para uma reunião dos ministros das Relações Exteriores do bloco em Bruxelas, na Bélgica.
"Nossa aliança é defensiva. Não buscamos nenhum conflito. Mas, se o conflito chegar até nós, estaremos prontos para ele e defenderemos cada centímetro do território da Otan", disse ele aos repórteres.
Ao mesmo tempo, Blinken condenava o que chamou de ataques russos contra civis na Ucrânia.
"E de um dia para o outro, também vimos relatos sobre o ataque contra uma usina nuclear. Isto só demonstra a imprudência desta guerra e a importância de acabar com ela e de a Rússia retirar todas as suas tropas e se engajar de boa fé nos esforços diplomáticos", acrescentou.
Com o rápido avanço nos primeiros nove dias de invasão à Ucrânia, as forças armas da Rússia têm enfrentado resistência. Por isso, focar em ataques a infraestrutura local.
No momento, o foco russo é a rede de telecomunicações, o abastecimento de água e de energia. Em vários pontos do país, esses serviços estão prejudicados.
Biden declara que Putin está "isolado"
Em um discurso na última terça-feira (1º), o presidente Joe Biden disse que o presidente russo, Vladimir Putin, está "isolado".
Como retaliação pelo conflito gerado na Ucrânia, Biden declarou que intensificará as sanções para atingir oligarcas russos. Uma das medidas anunciadas por ele foi o fechamento do espaço aéreo dos EUA para aviões que saem da Rússia.
"O departamento de Justiça dos Estados Unidos criou uma força tarefa para ir atrás dos oligarcas russos. Estamos nos juntando aos aliados europeus para manter presos seus iates, jatos, artigos de luxo. E essa noite estou anunciando que vamos nos juntar a nossos aliados, fechando o espaço aéreo para todos os voos da Rússia. Ele (Putin) mal sabe o que está por vir", disse o presidente.
Senador dos EUA pede assassinato de Putin
O republicano Lidsey Graham, que atua como senador nos Estados Unidos, disse hoje que a única forma de acabar com a guerra é a morte de Vladimir Putin. As declarações foram feitas ao canal norte-americano Fox News.
Graham pediu que "alguém na Rússia" assassine Putin. "Como isto acaba? Alguém na Rússia deve levantar... e acabar com este cara", afirmou o senador.
Na sequência, ele repetiu a mensagem em uma série de tuítes, ao afirmar que "as únicas pessoas que podem consertar isso são o povo russo".
Graham chega a perguntar se existe uma versão mais bem-sucedida de Claus von Stauffenberg, oficial do exército alemão que tentou assassinar Adolf Hitler.
"Você estaria prestando ao seu país - e ao mundo - um grande serviço", acrescentou. Senador pela Carolina do Sul, o parlamentar está no Congresso há quase 20 anos.
* Com informações de Simon Lewis, Sabine Siebold e Bart Meijjer, da Reuters, em Bruxelas (Bélgica)
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