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Guerra da Rússia-Ucrânia

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EUA dizem que níveis de radiação em usina nuclear na Ucrânia estão normais

Do UOL, em São Paulo

04/03/2022 01h06

A secretária de Energia dos Estados Unidos, Jennifer Granholm, disse ter conversado com o ministro de Energia da Ucrânia, German Galushchenko, sobre a situação na usina nuclear de Zaporizhzhia, após uma série de bombardeios promovidos por forças russas, na noite de hoje (sexta-feira, pela manhã, horário local). Segundo ela, os níveis de radiação no local estão "normais".

Não vimos leituras de radiação elevadas perto da instalação. Os reatores da usina são protegidos por estruturas de contenção robustas e os reatores estão sendo desligados com segurança. Jennifer Granholm, em seu perfil no Twitter

Granholm disse ainda que "as operações militares russas perto da usina são imprudentes e devem cessar".

A usina nuclear de Zaporizhzhia, que é considerada a maior do tipo na Europa, pegou fogo após um intenso bombardeiro promovido por militares russos. Três soldados da Ucrânia morreram durante o conflito e dois ficaram feridos.

A ação acontece oito dias após o início dos conflitos entre os dois países. Na semana passada, a usina de Chernobyl já havia sido tomada por forças russas. Diante das ofensivas, o governo ucraniano condenou a ação e disse que a captura da instalação é "um ato de terrorismo nuclear e uma ameaça ao mundo".

  • Veja as últimas informações sobre a guerra na Ucrânia e mais notícias no UOL News com Fabíola Cidral:

Líderes criticam Rússia

Minutos depois de ataque contra a instalação, o presidente Volodymyr Zelensky acusou a Rússia de recorrer ao "terror nuclear" e de querer "repetir" a tragédia de Chernobyl, ocorrida em 1986.

Alertamos o mundo inteiro para o fato de que nenhum outro país, exceto a Rússia, disparou contra usinas nucleares. Esta é a primeira vez em nossa história, a primeira vez na história da humanidade. Este estado terrorista está agora recorrendo ao terror nuclear. Zelensky, em um vídeo nas redes sociais

"A Ucrânia tem 15 reatores nucleares. Se houver uma explosão, é o fim de tudo. O fim da Europa. É a evacuação da Europa. Só uma ação europeia imediata pode deter as tropas russas. Devemos evitar que a Europa morra de um desastre nuclear. Centenas de milhares de pessoas sofreram as consequências [de Chernobyl]. Dezenas de milhares foram evacuadas. A Rússia quer repetir isso e está em processo de repeti-lo", acrescentou o líder ucraniano, em seguida.

Em comunicado, a Casa Branca informou que o presidente americano, Joe Biden, conversou com o presidente Volodymyr Zelensky sobre a situação do local e pediu à Rússia que cesse suas atividades militares na área e permita que bombeiros e equipes de emergência acessem o local.

@POTUS [Presidente Biden] conversou com o presidente Zelensky esta noite para receber uma atualização sobre o incêndio na usina nuclear de Zaporizhzhia. Ele se juntou ao presidente Zelensky para pedir à Rússia que cesse suas atividades militares na área e permita que bombeiros e equipes de emergência acessem o local. @POTUS também conversou esta noite com o Subsecretário de Segurança Nuclear do Departamento de Energia dos EUA e Administrador da Administração Nacional de Segurança Nuclear para receber uma atualização sobre a situação na usina. O Presidente continuará a ser informado regularmente. Casa Branca se pronuncia no Twitter

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, também criticou a operação militar russa nas redondezas da usina e pediu o fim imediato e acesso irrestrito para serviços de emergência.

Acabei de falar com o presidente Zelensky sobre a situação gravemente preocupante na central nuclear de Zaporizhzhia. A Rússia deve cessar imediatamente seu ataque à usina e permitir acesso irrestrito para serviços de emergência à usina. Boris Johnson, em seu perfil no Twitter