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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Criança morreu de desidratação por falta de água em Mariupol, diz Zelensky

2.mar.2022 - O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, pede que os países não fiquem neutros no conflito com a Rússia - Presidência da Ucrânia/AFP
2.mar.2022 - O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, pede que os países não fiquem neutros no conflito com a Rússia Imagem: Presidência da Ucrânia/AFP

Do UOL, em São Paulo*

08/03/2022 07h50Atualizada em 08/03/2022 08h51

Uma criança morreu por desidratação em meio ao desabastecimento de água e alimentos na cidade portuária de Mariupol, afirmou hoje o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. A cidade está submetida a um bloqueio pelo Exército da Rússia.

Em pronunciado por vídeo, o presidente ucraniano explicou que "a escassez levou à trágica perda de uma criança por desidratação". Mariupol também sofre com a falta de energia elétrica, gás para aquecimento e transportes.

"Em 2022, de desidratação", lamentou Zelenskiy, que comparou a atual crise humanitária na Ucrânia com aquela criada pela invasão nazista durante a Segunda Guerra Mundial.

Nas redes sociais, o ministro de Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, afirmou que a Rússia "mantém 300 mil civis como reféns em Mariupol" e acusou o país liderado por Vladimir Putin de cometer crimes de guerra.

No fim de semana, autoridades locais desenharam dois acordos de cessar-fogo com a Rússia para a retirada de civis das áreas de conflito. O prefeito da cidade, Vadym Boichenko, chegou a dizer que "não há escolha a não ser sair".

Os dois acordos foram interrompidos após a Ucrânia acusar militares russos de não interromper bombardeios na região. A Rússia diz que nacionalistas ucranianos impediram a saída de civis da cidade.

Hoje, a Câmara Municipal de Mariupol divulgou que ajuda humanitária está se deslocando para a cidade. Não há detalhes sobre a ação, mas devem ser entregues alimentos, água e medicamentos.

Cidades de toda a Ucrânia também registram escassez de itens básicos, como antibióticos, analgésicos e outros medicamentos como a insulina. Hoje, o prefeito da Poltava, Alexander Mamay, divulgou nas redes sociais uma lista de remédios para doação.

Os militares russos se concentram em Mariupol porque tomar o controle da cidade criaria um corredor terrestre entre a Crimeia anexada e as regiões controladas por separatistas pró-Rússia no Donbass.

Desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro, Zelensky publica vídeos com atualizações diárias sobre a situação na Ucrânia e cobra autoridades do Ocidente por mais ajuda.

*Com informações da Reuters