Topo

Guerra da Rússia-Ucrânia

Notícias do conflito entre Rússia e Ucrânia


Esse conteúdo é antigo

Rússia não pretende derrubar governo, nem ocupar a Ucrânia, diz porta-voz

Do UOL, em São Paulo

09/03/2022 19h21

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, garantiu hoje que o país não pretende ocupar a Ucrânia, nem derrubar o governo do presidente Volodimir Zelensky. Segundo ela, o objetivo é garantir "um status neutro" ao país - isso significaria impedir, por negociações, a entrada do vizinho na Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

"[O objetivo] não é ocupação da Ucrânia, a destruição de seu Estado ou a derrubada do atual governo. Não é dirigido contra a população civil", afirmou, em coletiva de imprensa.

Zakharova afirmou que as negociações entre os dois países continuam para "acabar o quanto antes com o banho de sangue sem sentido e a resistência das Forças Armadas ucranianas". Para ela, as ações têm acontecido "conforme o planejado".

Mapa Rússia invade a Ucrânia - 26.02.2022 - Arte UOL - Arte UOL
Imagem: Arte UOL

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, já havia dito que a adesão do país à Otan (Organização do Tratado Atlântico Norte) "esfriou". Ele também se mostrou disposto a encontrar um meio-termo sobre as províncias separatistas reconhecidas pela Rússia, dois dos pedidos do governo de Vladimir Putin para encerrar a guerra.

O conflito entre a Rússia e a Ucrânia chegou hoje à segunda semana com um cessar-fogo temporário para permitir a saída de civis.

Ucrânia se diz 'pronta para solução diplomática'

Um auxiliar presidencial da presidência da Ucrânia disse que o país está pronto para encontrar uma solução diplomática para o conflito com a Rússia, mas alertou que não cederão "uma polegada" de seu território.

Em entrevista à Bloomberg, o chefe de gabinete do presidente Volodimir Zelensky, Ihor Zhovkva, disse que os ucranianos podem discutir as exigências russas para um cessar-fogo, desde que receba "garantias de segurança".

Para ele, essas garantias teriam de vir dos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha e outros países. "Só garantias da Rússia não serão suficientes" disse, recusando-se a detalhar que medidas seriam essas.

A Rússia apresentou exigências para uma trégua em negociação na última segunda-feira (7). São elas:

  • Reconhecimento das áreas separatistas Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia, como repúblicas independentes;
  • Reconhecimento da Crimeia, anexada pelos russos unilateralmente em 2014, como território russo;
  • Garantia de que Ucrânia não entrará na Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) nem na União Europeia.

Caso esses termos sejam acatados, os russos dizem estar prontos para interromper a ação militar "em um momento".