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Zelensky diz que adesão à Otan 'esfriou' e sugere acordo com separatistas

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, disse estar disposto a dialogar com o presidente russo, Vladimir Putin - Presidência da Ucrânia/AFP
O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, disse estar disposto a dialogar com o presidente russo, Vladimir Putin Imagem: Presidência da Ucrânia/AFP

Do UOL, em São Paulo

08/03/2022 15h29Atualizada em 08/03/2022 18h24

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse estar disposto a dialogar com Vladimir Putin sobre as exigências russas para cessar o conflito entre os países, que chegou hoje ao 13º dia.

Em entrevista ao canal norte-americano ABC, o ucraniano disse ter "esfriado" sobre a adesão do país à Otan (Organização do Tratado Atlântico Norte) e estar disposto a encontrar um meio-termo sobre as províncias separatistas reconhecidas pela Rússia, dois dos pedidos do governo de Putin para um cessar-fogo.

Questionado sobre qual mensagem ele gostaria de mandar a Putin, Zelensky respondeu que está pronto para encontrar um meio-termo.

Estou pronto para um diálogo. Não estamos prontos para uma rendição, porque a decisão não é só minha, mas também das pessoas que me elegeram. Sobre a Otan, eu 'esfriei' sobre essa questão há um longo tempo, depois que entendemos que a Rússia não... que a Otan não está preparada para aceitar a Ucrânia presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky

Ele continuou, dizendo que poderia negociar sobre as províncias separatistas, classificando-as como "pseudorrepúblicas". "Essas repúblicas que não foram reconhecidas por ninguém além da Rússia, podemos discutir e encontrar um meio-termo sobre como esses territórios irão continuar".

Ontem, a Rússia apresentou exigências para uma trégua. São elas:

  • Reconhecimento das áreas separatistas de Donetsk e Lugansk como repúblicas independentes;
  • Reconhecimento da Crimeia, anexada pelos russos unilateralmente em 2014, como território russo;
  • Garantia de que Ucrânia não entrará na Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) nem na União Europeia.

Caso esses termos sejam acatados, os russos dizem estar prontos para interromper a ação militar "em um momento". Durante a reunião, Kiev pediu que as tropas russas saíssem do território imediatamente, e o encontro terminou sem acordo quanto a isso.

Dias antes do início da invasão, o governo de Vladimir Putin reconheceu a independência de duas regiões separatistas no leste da Ucrânia, Donetsk e Lugansk, e prometeu ajuda militar contra o governo do país vizinho.

Mapa Rússia invade a Ucrânia - 26.02.2022 - Arte UOL - Arte UOL
Imagem: Arte UOL

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Guerra fez mais de 2 milhões refugiados, diz ONU

A Organização das Nações Unidas (ONU) disse que o número de refugiados que fugiram da Ucrânia passou de 2 milhões, descrevendo a ação como um dos êxodos mais rápidos dos tempos modernos.

Mais da metade desse contingente 1,2 milhão) se dirigiu à Polônia. Outras importantes nações de destino são Hungria (191,3 mil), Eslováquia (140,7 mil), Moldávia (82,8 mil), Romênia (82 mil) e a própria Rússia (99,3 mil).

O país tem cerca de 44 milhões de habitantes, e o número de deslocados internacionais tende a aumentar rapidamente, já que centenas de milhares de pessoas fugiram de suas casas, mas ainda não cruzaram as fronteiras.

Hoje, os civis começaram a ser evacuados em corredores humanitários, em cinco cidades: a capital Kiev, Kharkiv, Chernigov, Sumy e Mariupol. A Ucrânia acusou a Rússia de impedir a saída na cidade de Mariupol, e em Sumy, o governador local disse que houve um tiroteio na região do corredor.