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Biden diz que confronto entre Rússia e Otan seria uma 3ª Guerra Mundial

Segundo Biden, não seria realista pedir para que países que dependem completamente do petróleo russo impusessem bloqueios - Anna Moneymaker/Getty Images via AFP)
Segundo Biden, não seria realista pedir para que países que dependem completamente do petróleo russo impusessem bloqueios Imagem: Anna Moneymaker/Getty Images via AFP)

Do UOL, em São Paulo

11/03/2022 15h42

Em discurso na tarde de hoje, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que um confronto direto da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) com a Rússia seria a "Terceira Guerra Mundial".

"Quero ser claro: nós defenderemos cada centímetro do território da Otan com todo o poder de uma Otan unida e galvanizada. Mas nós não entraremos numa guerra contra a Rússia na Ucrânia. Um confronto direto entre a Otan e a Rússia é a Terceira Guerra Mundial. E algo que devemos nos esforçar para evitar."

Ele também disse que conversou com outros membros do grupo sobre as sanções impostas ao petróleo russo e que não vai exigir que eles façam o mesmo, mas pediu para que fizessem o possível.

Segundo Biden, não seria realista pedir para que países que dependem completamente do petróleo russo impusessem bloqueios. O presidente norte-americano, no entanto, afirmou que vai tentar ajudar os membros da Otan a achar outras fontes de energia.

"Eu falei para os meus parceiros: 'a gente vai bloquear o petróleo, mas não estou pedindo para você fazer isso. Não é racional para você fazer o mesmo, mas estou pedindo para você fazer o que puder'", relatou Biden. "Nesse meio-tempo, vou ajudar você a conseguir energia, GLP e outras coisas", completou.

Novas sanções: caviar e vodka

Na manhã de hoje, Biden já havia falado publicamente sobre a guerra da Rússia e da Ucrânia, quando anunciou novas sanções. Dessa vez, o presidente afirmou que os EUA vão proibir a importação de produtos tradicionais, incluindo vodka, caviar e diamantes.

Biden comunicou ainda a retirada do status de "país favorecido" da Rússia, que garante que o comércio entre as nações tenha as melhores condições possíveis, como preferência e isenção de impostos.

Essa nova medida foi definida após conversas com o G7 (composto por Alemanha, Canadá, França, Itália, Japão e Reino Unido) e a UE (União Europeia), mas ainda precisa ser aprovada pelo Congresso estadunidense.