Usina de Chernobyl está reconectada à rede nuclear, diz Ucrânia
Um equipamento da ONU (Organização das Nações Unidas) permitiu a confirmação da Ucrânia hoje que a usina de Chernobyl foi reconectada com sucesso à rede elétrica do país, que está em seu 20º dia de conflito com a Rússia. A usina foi tomada por militares russos no começo da invasão.
"Equipes especializadas ucranianas conseguiram, no fim de semana, reparar uma das duas linhas danificadas que ligam a usina à rede elétrica", confirmou a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica).
Desde ontem, Chernobyl tem conseguido prover energia e os moradores que dependem dessa fonte puderam desligar os geradores de emergência, que estavam sendo utilizados desde 9 de março.
A partir de segunda-feira, o local tem recebido toda a energia necessária da linha reparada, permitindo que o pessoal desligue os geradores de emergência a diesel com os quais contavam desde 9 de março, disse em um comunicado.
A maior usina nuclear da Europa, Zaporizhzhia, teve um novo ataque confirmado por um regulador ucraniano, informando à AIEA que "militares russos haviam detonado munições não detonadas deixadas no local após os eventos de 4 de março".
Ontem, a Ucrânia acusou o exército russo de ter cortado mais uma vez a eletricidade em Chernobyl, após autoridades terem restabelecido o fornecimento de energia elétrica da central no domingo.
Negociações sem resolução
As negociações entre Rússia e Ucrânia terminaram novamente sem um acordo firmado. A reunião de hoje foi a quarta tentativa de um cessar-fogo da guerra que acontece há 20 dias.
O negociador ucraniano, Mykhailo Podoliak, disse que o assunto será retomado em uma reunião agendada para amanhã.
"É um processo de negociação muito difícil e viscoso. Há contradições fundamentais. Mas certamente há espaço para um compromisso. Durante o intervalo, o trabalho em subgrupos continuará", falou no Twitter.
A nova rodada de conversas entre os países vizinhos começou ontem e foi "pausada" para ser retomada hoje.
Até agora, as negociações conseguiram firmar a abertura de corredores humanitários, ou seja, rotas de fuga com segurança para a evacuação de civis.
Apesar desse acordo, a Ucrânia acusou a Rússia de não respeitar a trégua para a passagem de pessoas.
Líderes do Leste Europeu vão até Kiev
Os premiês da Polônia, República Tcheca e Eslovênia se tornaram os primeiros chefes de Estado estrangeiros a visitar Kiev desde o início da invasão da Ucrânia pela Rússia. Os três se reuniram hoje, após uma longa viagem de trem, na capital ucraniana para indicar apoio ao país invadido.
Mateusz Morawiecki, primeiro-ministro da Polônia, Petr Fiala, premiê tcheco, e Janez Jansa, líder da Eslovênia, partiram hoje de manhã em direção a Kiev, em meio a bombardeios ocorrendo na Ucrânia. Horas depois, Morawiecki publicou imagens da reunião no Twitter:
"É aqui, na Kiev devastada pela guerra, que a história está sendo feita. É aqui, que a liberdade luta contra o mundo da tirania. É aqui que o futuro de todos nós paira na balança. A UE (União Europeia) apoia a Ucrânia, que pode contar com a ajuda de seus amigos - trouxemos esta mensagem a Kiev hoje".
Como o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, se recusou a deixar o país, os líderes do Leste Europeu têm expectativa de se encontrar com ele na capital.
Antes da reunião, Fiala afirmou que "o objetivo da visita é confirmar o apoio inequívoco de toda a UE à soberania e à independência da Ucrânia".
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