Forças da Rússia matam 10 civis que compravam pão em Chernihiv, diz Ucrânia
Soldados da Rússia mataram 10 civis que estavam em uma fila para comprar pão em em um supermercado de um dos bairros residenciais de Chernihiv, cidade histórica ao norte ucraniano, diz a Procuradoria-Geral da Ucrânia. O ataque aconteceu por volta das 10h, no horário local (5h no Brasil).
Um vídeo divulgado pelo site notícias Suspilne Mediae ,compartilhado por outros veículos de comunicação internacionais, como a emissora bielorussa Nexa, mostra corpos ao chão, enquanto há uma movimentação intensa do outro lado da rua. Uma ambulância aparece no local.
A embaixada dos EUA em Kiev, capital ucraniana, lamentou o caso. "Tais ataques horríveis devem parar. Estamos considerando todas as opções disponíveis para garantir a responsabilização por quaisquer crimes de atrocidade na Ucrânia".
A Ucrânia divulgou hoje mais dois ataques da Rússia a áreas residenciais nas principais cidades do país. Em Kiev, um prédio residencial foi atingido por bombardeios, deixando ao menos dois feridos. Kharkiv, segunda maior cidade do país, também foi atacada durante a noite. Houve destruição de dois prédios residenciais e duas mortes foram confirmadas.
A capital ucraniana decretou toque de recolher a partir da noite de ontem, diante da intensificação dos ataques contra a cidade. Hoje, o conflito chega ao 21º dia e ao menos três fortes explosões foram ouvidas durante a manhã na zona oeste.
O edifício atingido tem 12 andares e fica no distrito de Shevchenkivskyi, localizado a poucos quilômetros do centro de Kiev. O ataque russo provocou incêndios em vários andares, de acordo com um comunicado divulgado pelo serviço de emergência da Ucrânia. Partes dos andares mais altos desmoronou; outros ficaram em chamas.
Já em Kharkiv, o ataque ocorreu a um prédio no distrito de Nemyshlyansky. Segundo os serviços de emergência do estado, vários apartamentos em dois prédios residenciais foram destruídos.
- Veja últimas informações sobre guerra na Ucrânia e notícias do dia no UOL News com Fabíola Cidral:
Ucrânia diz estar em guerra e nega neutralidade sugerida por Rússia
A Rússia disse que a "neutralidade" da Ucrânia poderia ser uma saída para o conflito entre os dois países. Essa posição, porém, é descartada pelo governo de Volodymyr Zelensky. Hoje, os dois países terão o terceiro dia seguido de negociações a respeito do conflito.
Mais cedo, o porta-voz russo, Dmitri Peskov, disse que os negociadores conversam sobre um compromisso para a neutralidade da Ucrânia que tenha como modelo a Suécia e a Áustria. Mykhailo Podolyak, negociador ucraniano e conselheiro presidencial, rejeitou essa possibilidade. "A Ucrânia está agora em estado de guerra direta com a Rússia. Portanto, o modelo só pode ser ucraniano e apenas sobre garantias de segurança legalmente verificadas. E sem outros modelos ou opções."
Ainda hoje, as delegações de Rússia e Ucrânia vão ter o terceiro dia seguido de negociações a respeito do conflito entre os países. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, avalia que as conversas parecem "mais realistas" agora, mas pediu mais tempo para o diálogo —hoje, ele irá discursar, por meio de vídeo, para congressistas dos Estados Unidos e deverá pedir ajuda.
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