Ataque a áreas residenciais em Kiev e Kharkiv deixa dois mortos e feridos
A Ucrânia divulgou hoje mais dois ataques da Rússia a áreas residenciais nas principais cidades do país. Na capital Kiev, um prédio residencial foi atingido por bombardeios, deixando ao menos dois feridos. Kharkiv, segunda maior cidade do país, também foi atacada durante a noite. Houve destruição de dois prédios residenciais e duas mortes foram confirmadas.
A capital ucraniana decretou toque de recolher a partir da noite de ontem, diante da intensificação dos ataques contra a cidade. Hoje, o conflito chega ao 21º dia e ao menos três fortes explosões foram ouvidas durante a manhã na zona oeste.
O edifício atingido tem 12 andares e fica no distrito de Shevchenkivskyi, está localizado a poucos quilômetros do centro de Kiev. O ataque russo provocou incêndios em vários andares, de acordo com um comunicado divulgado pelo serviço de emergência da Ucrânia. Partes dos andares mais altos desmoronou; outros ficaram em chamas.
As equipes de emergência disseram ter recebido a informação sobre o ataque às 6h16 (1h16 em Brasília). O incêndio foi controlado pouco mais de uma hora depois, às 7h45 (2h45 em Brasília).
Equipes de resgate retiraram 37 pessoas do prédio, disse o comunicado. Imagens divulgadas mostram que idosos estavam no edifício atacado.
Um prédio vizinho de nove andares também foi parcialmente danificado no ataque, segundo o comunicado.
Já em Kharkiv, o ataque ocorreu a um prédio no distrito de Nemyshlyansky. Segundo os serviços de emergência do estado, vários apartamentos em dois prédios residenciais foram destruídos.
Equipes de resgate trabalharam para apagar o fogo, resgatando quatro pessoas, mas não conseguiram salvar outras duas que foram mortas no ataque, acrescentou a agência. Uma escola também teria sido atacada por volta das 3h (22h de Brasília), com parte de um prédio destruído.
O serviço de emergência de Kharkiv disse hoje que pelo menos 500 moradores da cidade foram mortos desde o início da invasão russa.
Nos últimos dias, a artilharia e a aviação russas intensificaram os bombardeios contra as cidades ucranianas.
Depois das explosões, colunas de fumaça foram observadas no céu da cidade, assim como ontem, quando ataques das tropas russas atingiram vários edifícios residenciais.
Toque de recolher
Em seu canal no Telegram, o prefeito Vitali Klitschko afirmou que a capital vive um "momento difícil e perigoso". "Por isso, peço que todos os habitantes de Kiev se preparem para ficar em casa por dois dias ou, se soarem as sirenes, nos refúgios", afirmou.
Desde as 20h de ontem (15h, em Brasília), Kiev está sob toque de recolher. A medida se estende até as 7h de amanhã (1h, em Brasília). "Mover-se pela cidade sem autorização será proibido. Será permitido apenas sair para os abrigos", acrescentou o prefeito.
Na semana passada, Klitschko já havia dito que mais da metade da população de Kiev fugira da cidade por causa da invasão russa.
Três semanas após a invasão da Ucrânia, o exército da Rússia intensificou os ataques nos últimos dias, em particular contra cidades que registram combates intensos como Kharkiv (norte), os subúrbios de Kiev, Mariupol (sul) e Mykolaiv (sul), mas também contra localidades na região oeste do país.
No total, a guerra na Ucrânia já gerou quase 3 milhões de refugiados, de acordo com as Nações Unidas, sendo que 1,8 milhão de pessoas cruzaram a fronteira com a Polônia.
* Com AFP e Ansa
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