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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Com 'perda de pessoal', Rússia convoca reforços militares, diz Reino Unido

Imagem de arquivo de veículos militares russos se aproximando da Ucrânia com "Z" pintado - Reprodução
Imagem de arquivo de veículos militares russos se aproximando da Ucrânia com 'Z' pintado Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

16/03/2022 04h29Atualizada em 16/03/2022 11h52

A Rússia está convocando reforços militares de todo o país diante de "perdas contínuas de pessoal" na Ucrânia, segundo um relatório de inteligência pública divulgado pelo Ministério de Defesa do Reino Unido. Hoje, a invasão russa ao país completa 21 dias.

"A Rússia está cada vez mais buscando gerar tropas adicionais para reforçar e substituir suas perdas de pessoal. É provável que a Rússia esteja lutando para realizar operações ofensivas diante da resistência ucraniana sustentada", diz o documento, divulgado pela CNN Internacional.

O ministério do Reino Unido disse que a Rússia está redistribuindo forças de tão longe quanto "seu Distrito Militar Oriental, Frota do Pacífico e Armênia" e está cada vez mais recorrendo a outras fontes de combatentes, como "empresas militares privadas, sírios e outros mercenários".

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"A Rússia provavelmente tentará usar essas forças para manter o território capturado e liberar seu poder de combate para renovar as operações ofensivas paralisadas", diz ainda a avaliação britânica.

A destruição de pontes pelas forças ucranianas desacelerou as tropas russas que tentavam entrar em cidades-chave, aponta ainda o documento.

"O que sabemos é que os planos de Vladimir Putin não estão indo de acordo com o planejado", disse a secretária de Relações Exteriores britânica Liz Truss à Sky News em entrevista ontem. "Ele não está fazendo o progresso esperado e sabemos que as sanções que aplicamos estão funcionando", acrescentou ela.

Mapa Rússia invade a Ucrânia - 26.02.2022 - Arte UOL - Arte UOL
Imagem: Arte UOL

No domingo (13), a vice-ministra da Defesa da Ucrânia, Anna Malyar, disse que o número de soldados russos mortos era de cerca de 12 mil. Já a Rússia não confirma a informação.

Em 2 de março, a Rússia, em uma rara divulgação sobre os números de militares mortos no conflito, disse que 498 dos seus soldados haviam morrido no conflito até aquele momento. No entanto, no mesmo dia, a Ucrânia disse que seis mil militares da Rússia haviam sido mortos na guerra, evidenciando uma grande divergência entre os números que são divulgados de cada lado do conflito.

Já o número de baixas entre soldados ucranianos seria de 1.300, disse o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em uma entrevista coletiva em Kiev no sábado (12). A Rússia não divulgou informações a respeito.

Segundo Zelensky, a baixa de militares do Exército da Rússia é a maior vista em décadas. Ele também afirmou na data que cerca de 31 grupos de batalhões táticos russos ficaram incapazes de combater, após a reação dos militares ucranianos. Ainda segundo o presidente ucraniano, mais de 360 tanques russos foram perdidos.

O Escritório de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) afirmou na segunda-feira (14) ter confirmado a morte de pelo menos 636 civis na Ucrânia até 13 de março, incluindo 46 crianças.