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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Exército da Rússia diz que 1.351 soldados russos morreram na Ucrânia

Corpos de soldados russos são vistos ao lado de veículos militares destruídos nos arredores da cidade de Kharkiv - Sergey Bobok/AFP
Corpos de soldados russos são vistos ao lado de veículos militares destruídos nos arredores da cidade de Kharkiv Imagem: Sergey Bobok/AFP

Colaboração para o UOL, em São Paulo*

25/03/2022 10h51Atualizada em 25/03/2022 12h47

A Rússia admitiu hoje que 1.351 soldados do país morreram desde o início da invasão da Ucrânia há um mês e afirmou que países ocidentais cometem um "erro" ao entregar armas a Kiev. Em 13 de março, a vice-ministra da Defesa da Ucrânia, Anna Malyar, afirmou que o número de militares russos mortos até aquele momento na Ucrânia se mantinha estável em 12 mil.

"Durante a operação militar especial, 1.351 militares morreram e 3.825 ficaram feridos", declarou o comandante adjunto do Estado-Maior do Exército russo, Serguei Rudskoy, em uma entrevista coletiva.

Esta é a apenas a segunda vez que Moscou atualiza os números desde que os ataques começaram, em 24 de fevereiro. O primeiro boletim havia sido divulgado em 2 de março e anunciava 498 baixas e 1.597 feridos.

Nesta semana, uma postagem de um jornal pró-Rússia informava que as mortes de soldados somavam 9,8 mil, mas a mensagem foi apagada minutos depois sem explicações.

O dado, porém, está bem abaixo das estimativas da Ucrânia, que fala em 15 mil mortes, ou dos Estados Unidos, que citavam cerca de quatro mil até o dia 8 de março.

Se o número ucraniano for o verdadeiro, isso significa que, em apenas um mês, a Rússia teve a mesma quantidade de militares mortos do que nos 10 anos de guerra da então União Soviética no Afeganistão, entre 1979-1989.

O comunicado do Ministério ainda diz que houve "30 mil perdas entre as forças ucranianas", incluindo 14 mil mortos em ataques.

O número é muito superior ao admitido por Kiev.

Mapa Rússia invade a Ucrânia - 26.02.2022 - Arte UOL - Arte UOL
Imagem: Arte UOL

Essa guerra de narrativas vem marcando o primeiro mês de invasão na Ucrânia, com ambos os lados querendo mostrar força. Mas, por conta da situação em campo, não é possível verificar de maneira independente qual é o verdadeiro número de vítimas.

Há muitos relatos de autoridades ucranianas de que os corpos dos soldados russos estariam sendo queimados ou não retirados dos campos de batalha. Nesta quinta-feira (24), foi a vez das autoridades da região de Sumy acusarem Moscou de não buscar os cadáveres na região e estar provocando "um sério risco à saúde da Ucrânia e ao meio ambiente".

O Ministério da Defesa da Rússia disse que a Rússia continuará com sua operação até atingir as metas estabelecidas pelo presidente Vladimir Putin, informou a RIA.

Além disso, a Rússia recebeu 419.736 refugiados da Ucrânia desde o início da operação, anunciou Mikhail Mizintsev, diretor do Centro Nacional de Gestão da Defesa do país.

*Com AFP, Ansa e Reuters