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Ucrânia: número de soldados russos mortos na guerra segue em 12 mil

Colaboração para ao UOL, em São Paulo*

13/03/2022 11h53Atualizada em 13/03/2022 15h34

O número de soldados russos mortos até o momento na Ucrânia se mantém estável em 12 mil, segundo informação prestada neste domingo pela vice-ministra da Defesa do país, Anna Malyar. O número não se alterou, disse Malyar, em razão do avanço mais lento das tropas russas na Ucrânia. Já a Rússia não ratifica a informação. O conflito está no 18º dia.

Onde estão os inimigos mortos? Por que, segundo dados oficiais, o número de 'mais de 12 mil' não muda há vários dias? Não se preocupe, o inimigo está sendo ferozmente destruído. Tão ferozmente quanto ele destrói nossas cidades e aldeias. No entanto, contar as perdas de pessoal inimigo está longe de ser uma prioridade no local.
Anna Malyar, vice-ministra da Defesa da Ucrânia, na página do Facebook da pasta

Mapa Rússia invade a Ucrânia - 26.02.2022 - Arte UOL - Arte UOL
Imagem: Arte UOL

Em 2 de março, a Rússia, em uma rara divulgação sobre os números de militares mortos no conflito, disse que 498 dos seus soldados haviam morrido no conflito até aquele momento. No entanto, no mesmo dia, a Ucrânia disse que seis mil militares da Rússia haviam sido mortos na guerra, evidenciando uma grande divergência entre os números que são divulgados de cada lado do conflito.

o número de baixas entre soldados ucranianos seria de 1.300, disse o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em uma entrevista coletiva em Kiev ontem. A Rússia não divulgou informações a respeito.

Segundo a vice-ministra da Ucrânia, a dinâmica da guerra vem se alterando a cada dia e "partir de agora o inimigo está parado e não há um confronto ativo tão intenso como há alguns dias".

"A diminuição da intensidade do potencial ofensivo do inimigo é apenas um sinal de perdas realmente grandes e da necessidade de recrutar pessoal."

Apesar da fala da vice-ministra, neste domingo, um ataque aéreo atingiu uma área militar na região de Lviv, a cerca de 25 quilômetros da fronteira da Ucrânia com a Polônia, segundo a administração regional militar de Lviv. Ao menos 35 pessoas morreram e 134 ficaram feridas. Hoje, um bombardeio russo perto da cidade de Mykolaiv, no sul da Ucrânia, também deixou ao menos nove mortos, informou a administração regional.

Malyar também explicou a dificuldade na contagem da perda de pessoal inimigo durante a guerra.

"Deve-se entender que contar as perdas do inimigo durante a fase ativa da guerra é muito difícil. É muito difícil estabelecer o número exato de perdas inimigas. Existem vários métodos de cálculo utilizados. Ou seja, depois da luta ninguém vai com calculadora, para simplificar. Os números vêm de várias fontes, muitas vezes com um atraso de vários dias. Tudo depende da situação no terreno", esclareceu.

Oleksiy Arestovych, conselheiro do Chefe do Gabinete do Presidente da Ucrânia, declarou também comentou hoje as baixas do Exército russo.

"Durante os combates no território da Ucrânia, o exército inimigo perdeu mais de 30% de sua composição. As perdas estão definitivamente crescendo, cerca de 500-1000 por dia, mas é difícil de calcular. 14-15 mil é preciso, mas cautelosamente dizemos mais de 12 mil."

Zelensky diz que exército russo sofre maior perda de militares em décadas

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse no sábado (12) que a baixa de militares do Exército da Rússia é a maior vista em décadas. As informações são da rede de televisão Sky News e da CNN Internacional.

"As tropas russas estão sofrendo grandes perdas. Poderíamos até falar agora sobre o maior golpe para as tropas russas em décadas", disse Zelensky no sábado (12).

Zelensky também afirmou na data que cerca de 31 grupos de batalhões táticos russos ficaram incapazes de combater, após a reação dos militares ucranianos. Ainda segundo o presidente ucraniano, mais de 360 tanques russos foram perdidos.

O líder ucraniano também voltou a dizer que grupos de tropas russas estão se rendendo às forças da Ucrânia, enquanto o país de Vladimir Putin está recrutando combatentes, reservistas, recrutas e mercenários para "superar em número" os militares ucranianos.

"Eles [russos] estão usando o terror para nos quebrar, para quebrar nossa fé na vitória da Ucrânia, estou confiante de que não terão sucesso", acrescentou.

Mortes de civis na Ucrânia superam perdas de militares, diz ministro

As forças russas que invadem a Ucrânia mataram mais civis ucranianos do que soldados, disse na sexta-feira (11) o ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksii Reznikov, de acordo com a agência de notícias Reuters.

"Quero que isto seja ouvido não apenas em Kiev, mas em todo o mundo", disse Reznikov.

"O Kremlin está bombardeando escolas, clínicas e maternidades. Moscou não protege ninguém — ela destrói. Eles não são capazes de lutar contra nosso exército, guarda nacional, defesa territorial, para que ataquem os mais vulneráveis", acrescentou.

Reznikov disse que agora o governo trabalha para salvar a vida dos ucranianos. A prioridade, segundo ele, é organizar corredores humanitários para evacuar os cidadãos das cidades mais vulneráveis — principalmente Mariupol, cidades da região de Sumy, região de Kharkiv, alguns subúrbios de Kiev — bem como entregar itens humanitários.

*Com AFP e Reuters