Maior avião a hélice do mundo sofre danos 'estranhos' após ataque russo
A companhia ucraniana de aeronaves Antonov Airlines anunciou que vários de seus modelos, principalmente o An-22 Antei, o maior avião a hélice do mundo, foram destruídos no final de março durante um ataque do exército russo ao Aeroporto de Gostomel, no norte de Kiev. No entanto, um fator que intrigou os especialistas foi um estranho dano na fuselagem do avião.
De acordo com informações do site Aeroin, a Antonov tinha somente um exemplar civil da An-22 ainda em operação comercial no mundo. Mas, após a investida dos invasores, a aeronave sofreu um dano, aparentemente criado por um bombardeio, que perfurou a parte superior da fuselagem de dentro para fora.
Logo após o cessar-fogo no aeroporto na sexta-feira (1), o comandante Dmytro Antonov, comandante e piloto-chefe da companhia aérea, fez uma visita ao local e gravou vídeos para mostrar o grau de destruição. Segundo ele, o An-22 também possui outros danos sérios como grandes buracos na carenagem do trem de pouso esquerdo.
"No An-22, alguns danos externos, muitos buracos de bala e um buraco muito estranho na parte superior da fuselagem, onde a superfície está virada para fora", disse o comandante em uma das filmagens.
Para Dmytro Antonov, esse estranho estrago no An-22 levanta a hipótese do ataque ter sido feito, inicialmente, do lado de dentro para que a fuselagem ficasse torcida para fora. Mesmo assim, estima-se que o ataque aconteceu por meio de um lançador de foguetes ou explosivos anti-aéreos.
Por conta dessa grave avaria, o único modelo da An-22 da Antonov Airlines não poderá voltar aos céus por tempo indeterminado.
Entre os principais prejuízos, está também outra importante nave da Antonov, o An-225 Mriya, considerado o maior avião do mundo. Também foram perdidas, as aeronaves An-74 e An-26, de acordo com informações do site Flight Global.
De acordo com uma declaração recente do diretor-geral interino da Antonov, Evgen Gavrilov, a ação militar russa no Aeroporto de Gostomel, onde fica a base da companhia área, buscava atingir o que ele chamou de "coração" da indústria de aviação da Ucrânia. Desse modo, o país pode ficar ainda mais desprovido de meios de mobilidade, defesa e comunicação, assim como outros recursos essenciais.
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