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Rússia ameaça mobilização nuclear se Finlândia e Suécia entrarem na Otan

Míssil balístico intercontinental lançado durante exercício nuclear na Rússia - Ministério da Defesa da Rússia/Handout via Reuters
Míssil balístico intercontinental lançado durante exercício nuclear na Rússia Imagem: Ministério da Defesa da Rússia/Handout via Reuters

Do UOL*, em São Paulo

14/04/2022 09h05Atualizada em 14/04/2022 09h15

Dmitry Medvedev, presidente-adjunto do Conselho de Segurança da Rússia e um dos aliados mais próximos do presidente Vladimir Putin, afirmou hoje que o país pode mobilizar armas nucleares no mar Báltico caso a Finlândia e a Suécia se juntem à Otan (Organização do Tratado Atlântico Norte).

"Não poderá mais haver um status livre de armas nucleares no Báltico, o equilíbrio deve ser restaurado", afirmou. "Até hoje, a Rússia não tinha adotado essas medidas, e não planejava adotá-las. Mas se formos forçados... lembrem-se que não fomos nós que propusemos isso".

Vladimir Putin, que justificou a invasão da Ucrânia pela ampliação da Otan, poderia se deparar com uma fronteira de mais de 1.300 quilômetros com a aliança militar ocidental caso a Finlândia acesse o bloco.

A primeira-ministra do país, Sanna Marin, disse que o governo considera entrar para a aliança e que uma decisão será formalizada nas próximas semanas.

O governo sueco também anunciou que debate internamente o assunto, com a premiê Magdalena Andersson afirmando que "não exclui" apresentar uma candidatura à aliança militar ocidental, após ter expressado de início que preferia que seu país ficasse de fora de alianças militares.

O acesso desses países ao bloco militar formado para se proteger da União Soviética em 1949 seria uma das maiores consequências da guerra na Ucrânia.

"Vamos esperar que o bom senso dos nossos vizinhos do norte se sobreponha", disse Medvedev, que presidiu a Rússia entre 2008 e 2012.

Moscou já havia feito ameaças de "graves consequências políticas e militares" se os países nórdicos se juntarem à Otan, uma advertência que vem se repetindo nas últimas semanas.

O presidente finlandês, Sauli Niinistö, reconheceu no fim de março que uma candidatura ao bloco poderia provocar respostas "impetuosas" por parte da Rússia. Os sites do governo finlandês foram alvo de ciberataques na última sexta-feira (8).

Segundo o ministro de Relações Exteriores do país nórdico, Pekka Haavisto, a Otan considera que levaria entre quatro e 12 meses para finalizar a adesão.

*Com informações da Reuters e AFP