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Rússia diz que enviou propostas para interromper guerra; Ucrânia desconhece

O conflito entre Rússia e Ucrânia começou em fevereiro e já bateu 50 dias de guerra - ALEXANDER ERMOCHENKO/REUTERS
O conflito entre Rússia e Ucrânia começou em fevereiro e já bateu 50 dias de guerra Imagem: ALEXANDER ERMOCHENKO/REUTERS

Do UOL, em São Paulo

20/04/2022 14h35Atualizada em 20/04/2022 14h37

Rússia alega ter entregado novas propostas para uma interrupção de seu conflito com a Ucrânia, após mais de 50 dias de guerra. O porta-voz da Rússia, Dmitry Peskov, afirmou que a "bola agora está no campo" ucraniano.

No entanto, segundo o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, os ucranianos não tiveram acesso a nenhum documento sobre esse assunto vindo hoje dos russos.

A guerra e as movimentações dos dois lados, atualmente, estão focadas na região de Donbass, na qual se encontram os territórios separatistas de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia.

Essa região não foi incluída nos debates e negociações, mesmo que a Rússia reivindique sua soberania - mas é possível que essas novas propostas, das quais ainda não se sabe o teor, citem Donbass e uma futura anexação russa, como aconteceu com a Crimeia.

Anteriormente, a Ucrânia já havia exigido a manutenção da integridade territorial desse leste de seu território.

Negociações pós-Istambul e "beco sem saída"

Além disso, de acordo com a agência ANSA, Mikhailo Podolyak, conselheiro do presidente ucraniano, destacou que a Rússia já havia apresentado novas contra-propostas após as negociações em Istambul, a última reunião direto entre os países em conflito.

"A Ucrânia tinha entregado suas propostas nas negociações em Istambul. A parte russa as estudou e apresentou sua própria posição. Agora cabe a nós estudar, comparar e tirar conclusões, tanto políticas como legais", disse Podolyak.

Porém, nas palavras de Vladimir Putin, presidente da Rússia, as negociações estão "em um beco sem saída". A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova, adiciona à posição russa, ressaltando que não há mais "confiança" nos negociadores ucranianos.

*Contém informações das agências ANSA e Reuters