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Defesa de brasileira presa por tráfico na Tailândia deve pedir perdão real

Mary Hellen Coelho Silva foi condenada por tráfico internacional de drogas - Arquivo pessoal
Mary Hellen Coelho Silva foi condenada por tráfico internacional de drogas Imagem: Arquivo pessoal

Do UOL, em São Paulo

13/05/2022 18h31Atualizada em 13/05/2022 18h31

A defesa da brasileira condenada por tráfico de drogas na Tailândia analisa a possibilidade de entrar com um pedido de perdão real para o monarca Maha Vajiralongkorn. Mary Hellen Coelho Silva, 22, foi detida em 14 de fevereiro no mesmo dia que outros dois brasileiros desembarcaram no aeroporto do país asiático com um total de 15,5 kg de cocaína em malas — uma carga avaliada em R$ 7 milhões pelas autoridades. Ela foi condenada a 9 anos e seis meses de prisão.

Segundo a advogada brasileira Kaelly Cavoli Moreira, o pedido de perdão real poderá ser feito no dia 28 de julho, quando Vajiralongkorn faz aniversário e, em celebração, concede absolvição para detentos por diversos crimes.

"Nós ainda estamos aguardando receber a sentença do Consulado [da Tailândia] porque depende disso para analisarmos a condenação e formularmos um pedido", afirmou Cavoli ao UOL.

A advogada relata que existem precedentes de situações semelhantes no país, que inclusive estão sendo estudados pela defesa para formular o recurso.

Um pedido de extradição — para que Mary Hellen cumpra a pena no Brasil — também está sendo estudado pela defesa. "Mas esta possibilidade ficará posterior ao pedido [de perdão real]. Vamos fazer todos os pedidos pertinentes nos momentos adequados", completou Cavoli.

Ontem, foi divulgado que Mary Hellen recebeu a pena de 9 anos e 6 meses de prisão, "sendo divididos em dois anos por crime civil e 7 anos e seis meses por crime penal", disse comunicado publicado por Cavoli.

A família da jovem, que é natural de Pouso Alegre (MG), veio a público pedir ajuda para encontrar defensores para a jovem, que segundo eles nunca havia saído do país.

Uma mulher suspeita de aliciar a jovem e mais dois brasileiros, que partiram com as malas do aeroporto de Curitiba no início de fevereiro, foi presa em uma operação da Polícia Federal no dia 5 de maio. A suspeita é de que ela operava um esquema de tráfico internacional desde antes da pandemia de covid-19.