Rússia x Ucrãnia: Tensão russa com G7 e Finlândia marcam 80º dia da guerra
A tensão entre a Rússia e o G7 sobre o reconhecimento de novas fronteiras marcou o 80º dia da invasão russa à Ucrânia. O grupo que reúne as sete principais economias do mundo afirmou que "nunca reconhecerá" os territórios que o governo russo tem tentado anexar.
O ex-presidente russo e vice-chefe do conselho de segurança, Dmitry Medvedev, rebateu as declarações e afirmou que a Rússia não se importa se o G7 reconhece ou não as novas fronteiras. "A verdadeira vontade das pessoas que vivem lá é importante", informou Medvedev em seu canal oficial do Telegram.
O G7, por sua vez, afirmou que vai manter o "compromisso de apoiar a soberania e a integridade territorial da Ucrânia, incluindo a Crimeia". O comunicado do grupo foi divulgado em um momento de intensificação dos combates na região ucraniana do Donbass, controlada parcialmente desde 2014 por separatistas pró-Moscou e onde a Rússia concentra a ofensiva há algumas semanas, mas sem registrar avanços significativos.
A luta por Izium
Apesar das tentativas russas na região, forças ucranianas lançaram neste sábado (14) uma contraofensiva perto da cidade de Izium, controlada pela Rússia. Manter a pressão sobre Izium e as linhas de abastecimento da Rússia dificultará para Moscou cercar tropas ucranianas no leste de Donbass.
A estratégia do governo liderado por Vladimir Putin mudou no mês passado após militares russos não conseguirem tomar a capital da Ucrânia.
Ao longo do sábado (14), também houve registro de bombardeios russos em mais de 50 casas na região separatista de Lugansk, segundo autoridades ucranianas.
Corte de energia na Finlândia
A Rússia suspendeu durante a madrugada deste sábado as exportações de energia elétrica para a Finlândia. A empresa responsável pela operação já havia anunciado na sexta-feira (13) que o fornecimento seria suspenso devido a falta de pagamento.
O comunicado ocorreu em reação a movimentos da Finlândia para se aproximar da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). Putin, inclusive, avaliou como um "erro" o desejo da Finlândia de entrar no bloco.
Segundo informações da AFP, a rede elétrica do país está em funcionamento graças às importações da Suécia. A Fingrid, operadora finlandesa, havia informado na sexta-feira que poderia prescindir da energia elétrica russa. A Finlândia importa da Rússia 10% da energia elétrica necessária.
*Com informações da agência Reuters e da AFP
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