Atirador mata 10 em mercado de NY; caso é investigado como ódio racial
Um ataque de um atirador deixou ao menos dez mortos e três feridos em supermercado na cidade de Buffalo, no estado de Nova York (EUA), na tarde deste sábado (14), informaram autoridades locais. O suspeito, um homem branco de 18 anos, foi detido. As informações são da Reuters e da AP.
O FBI investigará o episódio como "crime de ódio e extremismo violento com motivação racial", informou à Reuters o agente especial encarregado do escritório de Buffalo, Stephen Belongia. O bairro onde ocorreu o crime é predominantemente negro e 11 das 13 vítimas são negras. A polícia acredita que o crime tenha sido premeditado, levando em conta que o suspeito mora em outra cidade e dirigiu por algumas horas para chegar ao local do crime.
O homem entrou no Tops Friendly Market, na avenida Jefferson, vestindo roupas de estilo militar, pouco depois das 14h30 (horário local) e começou a disparar com um rifle, conforme relatou um funcionário na condição de anonimato à AP. Duas armas foram apreendidas no local.
O agressor disparou primeiro contra quatro pessoas no estacionamento do supermercado, três das quais morreram, e depois entrou na loja e continuou atirando. Entre os mortos dentro do estabelecimento estava um policial aposentado que trabalhava como segurança e estava armado.
O funcionário "confrontou o suspeito, disparou vários tiros", mas o atirador —que estava protegido por um colete à prova de balas— o matou com seus disparos, disse o chefe de polícia de Buffalo, Joseph Gramaglia, em uma coletiva de imprensa.
Nas redes sociais, a governadora Kathy Hochul pediu para que as pessoas seguissem as orientações de autoridades policiais e evitassem a região.
Estou monitorando de perto o tiroteio em uma mercearia em Buffalo. Oferecemos assistência às autoridades locais. Se você estiver em Buffalo, evite a área e siga as orientações das autoridades policiais e locais. Kathy Hochul
"Este é um dia de dor para a nossa comunidade", afirmou o prefeito Bryon Brown em coletiva à imprensa. Segundo ele, "a profundidade da dor das famílias não pode ser explicada".
Esse é o pior pesadelo que qualquer comunidade pode enfrentar. Nossa comunidade está sofrendo muito agora
Byron Brown, prefeito de Buffalo
Testemunhas
À AP, Braedyn Kephart e Shane Hill, ambos com 20 anos, disseram que o atirador vestia camuflagem completa, um capacete preto e o que parecia ser um rifle. Eles entraram no estacionamento no momento em que ele estava saindo.
"Ele estava lá com a arma apontada para o queixo. Estávamos pensando 'o que diabos está acontecendo? Por que esse garoto tem uma arma apontada para o rosto?'" disse Kephart. "Ele arrancou o capacete, largou a arma e foi abordado pela polícia", acrescentou.
Os investigadores acreditam que o homem estaria transmitindo o tiroteio ao vivo, nas redes sociais, e investigam se ele postou o vídeo, informou uma das autoridades à AP.
A Twitch disse em um comunicado à agência que encerrou a transmissão do suspeito "menos de dois minutos após o início da violência".
O promotor distrital do condado, John Flynn, disse que o rapaz será processado por acusações de assassinato em primeiro grau e estará sujeito a uma sentença de prisão perpétua sem liberdade condicional.
Na Casa Branca, a secretária de imprensa Karine Jean-Pierre disse que o presidente Joe Biden está ciente do "terrível tiroteio" e faz orações pelas vítimas e suas famílias.
"O presidente foi informado por seu conselheiro de Segurança Interna sobre o terrível tiroteio em Buffalo, NY, esta tarde. Ele continuará recebendo atualizações durante a noite e amanhã à medida que mais informações se desenvolverem", afirmou.
Em comunicado, a Tops Friendly Markets lamentou o episódio. "Estamos chocados e profundamente entristecidos por esse ato de violência sem sentido e nossos pensamentos e orações estão com as vítimas e suas famílias".
*Com informações das agências Reuters e AFP
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