Soldados da Rússia admitem culpa por bombardeio a escola na Ucrânia
Dois soldados da Rússia capturados pela Ucrânia se declararam culpados hoje pelo bombardeio de uma cidade no leste do território ucraniano. Os militares assumiram a culpa pelo ataque no segundo julgamento de crimes de guerra no conflito entre Moscou e Kiev.
No julgamento no tribunal distrital de Kotelevska, no centro da Ucrânia, os promotores estaduais pediram que Alexander Bobikin e Alexander Ivanov fossem presos por 12 anos por violarem as leis da guerra.
Um advogado de defesa pediu clemência, dizendo que os dois soldados estavam seguindo ordens do governo russo e se arrependeram.
Bobikin e Ivanov, que estavam em uma caixa de vidro reforçada, reconheceram fazer parte de uma unidade de artilharia que disparou contra alvos na região de Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia depois de Kiev. O bombardeio destruiu um estabelecimento educacional na cidade de Derhachi, disseram os promotores.
Os militares, descritos como um motorista de artilharia e um artilheiro, foram capturados depois de cruzar a fronteira e continuar o bombardeio, disse o gabinete do procurador-geral.
"Sou completamente culpado dos crimes dos quais sou acusado. Disparamos da Rússia contra a Ucrânia", disse Bobikin ao tribunal em um processo transmitido ao vivo.
Pedindo para não receber a pena máxima de prisão, Ivanov disse: "Eu me arrependo e peço a redução da pena". A audiência durou menos de uma hora. O veredito está previsto para 31 de maio.
Um tribunal ucraniano condenou um soldado russo à prisão perpétua na segunda-feira por matar um civil desarmado. A Rússia disse que não tinha informações sobre o julgamento e que a ausência de uma missão diplomática na Ucrânia limitava sua capacidade de prestar assistência.
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