Após rumores, ministro russo nega que Vladimir Putin esteja doente
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, negou que o presidente russo Vladimir Putin esteja com uma condição de saúde debilitada — um rumor que circulou nas redes sociais e em comentários de pessoas de alto escalão de países como Ucrânia e Reino Unido.
Lavrov foi questionado sobre o tema ao dar uma entrevista à emissora francesa TF1 e prontamente afastou a hipótese:
"Você sabe, o presidente Putin aparece em público todos os dias. Você pode vê-lo nas telas de TV, ler seus discursos, ouvir seus discursos", disse. "Não acho que qualquer pessoa sã possa ver nesta pessoa sinais de algum tipo de doença ou enfermidade. Deixo isso na consciência daqueles que espalham tais rumores", completou.
Entre as fontes dos boatos, está Christopher Steele, espião britânico que escreveu um dossiê sobre os negócios de Donald Trump na Rússia. Em uma entrevista recente, ele afirmou que fontes informaram a ele que Putin está gravemente doente.
"Certamente, pelo que estamos ouvindo de fontes na Rússia e em outros lugares, Putin está, de fato, seriamente doente", disse ele. "Não está claro exatamente o que é essa doença —se é incurável ou terminal, ou qualquer outra coisa.
Já o major-general Kyrylo Budanov, chefe da inteligência militar da Ucrânia, afirmou recentemente que Putin "está em condições psicológicas e físicas muito ruins e está muito doente".
Budanov ainda afirmou que o estado de saúde do presidente incitou um golpe para derrubá-lo. "Eles estão se movendo dessa maneira e é impossível detê-los", acrescentou.
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Prioridades de guerra
Para além dos rumores, Lavrov também afirmou à imprensa francesa que a "principal prioridade" da chamada operação militar especial na Ucrânia, como é nomeada a guerra pelo Kremlin, é a "libertação das regiões de Donetsk e Luhansk, agora reconhecidas pela Federação Russa como estados independentes".
Ainda sustentando o argumento de que a Rússia pretende "desnazificar" a Ucrânia, o ministro avaliou a situação de territórios além daqueles do leste ucraniano, região conhecida como Donbass.
"Para o resto dos territórios da Ucrânia, onde há pessoas que não querem romper os laços com a Rússia, caberá às populações dessas regiões decidir. Eu não acho que esses moradores ficarão felizes em voltar sob o poder de um regime neonazista que é completamente russofóbico. Cabe ao próprio povo decidir", declarou.
O chanceler voltou a afirmar que os russos não miram estruturas civis, apesar dos casos relatados ao longo da guerra, e disse que Putin não irá cortar a comunicação com líderes europeus, incluindo o presidente francês Emmanuel Macron.
"Não nos impomos a ninguém. Ouvimos a Rússia ser acusada publicamente de agressão por todos os líderes da União Europeia, sem exceção, em linguagem bastante beligerante. Nós ouvimos. Então, se por trás dessa linguagem houver uma vontade de agir sobre os problemas e as causas da atual crise de segurança europeia, estaremos sempre prontos para discutir. Se o presidente Macron, que tem uma relação de confiança muito antiga com o presidente Putin, propor uma discussão, repito, ela será aceita", declarou.
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