EUA: Biden tira sigilo de informações sobre a Rússia para convencer aliados
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deu ordem para tirar o sigilo de informações sobre a Rússia para tentar convencer aliados de que Moscou planeja um ataque iminente à Ucrânia. Segundo o diretor de Inteligência Nacional dos EUA, Avril Haines, Biden disse que dados sobre Moscou no período anterior a 24 de fevereiro, quando começou a guerra, deveriam ser liberados.
"Quando explicamos aos nossos formuladores de políticas e nossos formuladores de políticas foram conversar com seus interlocutores, eles descobriram que havia bastante ceticismo", afirmou Haines em uma conferência de segurança cibernética ontem.
"Como consequência, o presidente se voltou a nós e disse: 'você precisa sair e compartilhar o máximo que puder e garantir que as pessoas vejam o que você está vendo, para que possamos nos envolver novamente e talvez ter conversas mais produtivas sobre como planejar essencialmente o potencial de uma invasão russa'", completou o diretor.
Nos últimos dias, a Rússia voltou a intensificar os ataques no leste da Ucrânia e realizou novos bombardeios em Kiev. Na esteira das novas ofensivas, os EUA alertaram que Moscou quer 'anexar' regiões separatistas ao leste.
No início deste mês, Biden anunciou que vai enviar mísseis "mais avançados" para ajudar a Ucrânia a enfrentar a invasão promovida pela Rússia.
Em um editorial no jornal The New York Times com o título "O que a América vai fazer e não vai fazer na Ucrânia", o mandatário deu detalhes sobre a política americana para o conflito e afirmou que seu objetivo é ver "uma Ucrânia independente, soberana e próspera, com os meios para desencorajar e se defender contra novas agressões".
A promessa gerou críticas por parte de Moscou, mas, segundo o chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, a Ucrânia garantiu aos EUA que não usará os novos sistemas de mísseis prometidos por Washington para atacar o território russo.
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