Imprensa estrangeira cobra buscas por repórter e indigenista e cita ameaças
O desaparecimento do jornalista inglês Dom Phillips e do indigenista Bruno Araújo Pereira, da Funai (Fundação Nacional do Índio), no Vale do Javari, no Amazonas, movimentou a imprensa internacional, que pede por mais buscas e diz "temer pela segurança" da dupla, vista pela última vez no domingo (5), antes de saírem da comunidade Ribeirinha São Rafael com destino a cidade de Atalaia do Norte.
O britânico The Guardian, em que Philips era um colaborador, noticiou o desaparecimento sob o título "temor pela segurança de jornalista britânico desaparecido na Amazônia brasileira". O texto ainda destaca as ameaças recebidas por Bruno Pereira, que ocupava a função de guia na viagem do repórter a "um dos cantos mais remotos" da floresta.
Outro veículo prestigiado do Reino Unido, a BBC fez uma análise da região em que a dupla desapareceu, afirmando que o Vale do Javari tem sido alvo de garimpeiros, madeireiros e pescadores ilegais.
O canal de televisão pública reportou também um tweet do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, desejando que Phillips e Araújo "sejam encontrados logo, que estejam bem e em segurança."
A emissora europeia Sky News destacou que o desaparecimento foi reportado por líderes indígenas locais, diante da demora da dupla para chegar a Atalaia do Norte, onde dois suspeitos foram presos por uma possível ligação com o caso. O veículo também detalhou que o jornalista britânico já trabalhava há 15 anos como correspondente no Brasil, contribuindo para veículos como o The New York Times, The Washington Post e Financial Times.
Entre eles, o The Washington Post noticiou o desaparecimento de Phillips e relembrou o caso do indigenista Maxciel Pereira dos Santos, funcionário da Funai, morto a tiros em 2019, na cidade de Tabatinga (AM).
Já o canal de televisão Al Jazeera preferiu dar mais detalhes sobre a vida do indigenista Bruno Pereira, definindo-o "um dos maiores especialistas do Brasil em tribos isoladas". O veículo também entrou em contato com o Ministério das Relações Exteriores britânico, que disse estar em contato com as autoridades brasileiras, em meio a apelos de familiares de Dom Phillips por mais buscas pelo profissional.
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