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Irmã de jornalista inglês desaparecido faz apelo: 'Tempo é crucial'

O jornalista inglês Dom Phillips, colaborador do jornal The Guardian, e o indigenista brasileiro Bruno Araújo Pereira  - Foto: @domphillips no Twitter e Bruno Jorge/Funai
O jornalista inglês Dom Phillips, colaborador do jornal The Guardian, e o indigenista brasileiro Bruno Araújo Pereira Imagem: Foto: @domphillips no Twitter e Bruno Jorge/Funai

Do UOL, em São Paulo

07/06/2022 09h24Atualizada em 07/06/2022 09h32

A irmã do jornalista Dom Phillips fez um apelo para que autoridades brasileiras façam "todo o possível" para que achem o irmão e o indigenista Bruno Pereira, que desapareceram na Amazônia desde o domingo (5). Eles se deslocavam de barco pelo rio Itaquaí após visita à Terra Indígena do Vale do Javari, no Amazonas, território que tem sido invadido por caçadores, pescadores e madeireiros.

Sian Phillips afirmou que o irmão sabia do perigo do local, mas queria proteger a floresta e os indígenas. "Ele ama o país e se importa profundamente com a Floresta Amazônica e seu povo. Sabíamos que era um lugar perigoso, mas Dom realmente acreditava que é possível proteger a natureza e a vida dos indígenas".

Ela pediu para que, se possível, a operação para encontrar e resgatar os dois desaparecidos receba mais recursos. "Estamos muito preocupados sobre ele e instamos as autoridades no Brasil a fazerem todo o possível e buscas na rota que ele fazia", disse Sian. "Se alguém puder ajudar e aumentar os recursos disponíveis para busca, seria ótimo porque o tempo é crucial".

A irmã ainda diz que "cada minuto conta" para acharem ambos: "Aqui no Reino Unido, meu outro irmão e eu estamos desesperadamente preocupados. Amamos nosso irmão e queremos que ele e seu guia brasileiro, Bruno Pereira, sejam encontrados. Cada minuto conta".

Entenda o caso

O sumiço da dupla foi informado ontem, em nota assinada pela principal associação indígena do Vale do Javari (Unijava) e pelo Observatório dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato. A Polícia Federal, a Funai, o Ministério Público Federal, a Marinha e o governo do Amazonas estão envolvidos nas buscas.

Segundo a nota, os dois deveriam voltar para a região de Atalaia do Norte, mas antes fizeram uma pausa agendada na comunidade ribeirinha São Rafael para visitar um líder comunitário conhecido como "Churrasco".

A Univaja (União dos Povos Indígenas do Vale do Javari) diz que Bruno vinha sendo alvo de ameaças de garimpeiros, madeireiros e pescadores.