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Cúpula das Américas: EUA e outros 19 países assinam plano de imigração

Assinatura de pacto pela imigração contou com presença de líderes de 20 países. No centro, o presidente dos EUA, Joe Biden - Reprodução
Assinatura de pacto pela imigração contou com presença de líderes de 20 países. No centro, o presidente dos EUA, Joe Biden Imagem: Reprodução

Hygino Vasconcellos*

Colaboração para o UOL, em Balneário Camboriú (SC)

10/06/2022 23h18

Vinte países assinaram hoje a Declaração de Los Angeles, um pacto para enfrentar à crise imigratória nas Américas. Os Estados Unidos são os principais interessados, já que chegam ao país por ano cerca de 1,2 milhão de pessoas, segundo dados do Centro de Estudos de Imigração.

O Brasil está na lista dos que assinaram o documento durante a Cúpula das Américas, encerrada nesta sexta (10) em Los Angeles, nos Estados Unidos. Na abertura do evento, o presidente norte-americano, Joe Biden, já havia adiantado a necessidade de discutir a imigração na região.

"A declaração representa um compromisso mútuo para investir em soluções regionais que melhorem a estabilidade, aumentando as oportunidades para uma imigração segura e ordenada em toda a região, reprimindo os criminosos e traficantes de pessoas que se aproveitam das pessoas desesperadas", disse o presidente norte-americano.

Biden disse ainda que a imigração que classifica como "segura e ordenada" é "boa para todas as nossas economias, inclusive para os Estados Unidos" e pode ser "um catalisador para o desenvolvimento sustentável."

"Mas a imigração ilegal não é aceitável. E vamos fortalecer as nossas fronteiras inclusive através de ações inovadoras e coordenadas com nossos parceiros regionais", disse na quarta-feira (8).

Hoje, Biden voltou a criticar a imigração ilegal e após falar sobre a situação da Colômbia —que recebeu milhões de refugiados da Venezuela—, disse que "nenhuma nação deveria ficar com essa responsabilidade, segundo a minha visão".

O pacto é "ancorado", nas palavras de Biden, em alguns preceitos. O primeiro deles é garantir "estabilidade e assistência" aos países que acolhem refugiados. A intenção é dar condições que essas nações tenham recursos para receber essas pessoas, oferecer cuidados médicos, abrigo e oportunidades de emprego.

O segundo pilar do pacto é aumentar as possibilidades de migração legal na região. A declaração de Los Angeles propõe ainda que os países trabalhem em conjunto para um sistema de gestão de fronteiras "coordenado e mais humano", segundo Biden.

"Nós sabemos que a migração segura, ordeira e legal é positiva para nossas economias, mas precisamos pôr fim a formas perigosas e ilegais que as pessoas usam para migrar. A imigração ilegal não é aceitável e nós vamos garantir a segurança de nossas fronteiras, incluindo por meio de ações coordenadas e inovadoras."

A Casa Branca divulgou uma série de programas acordados entre os países do hemisfério e a Espanha — que participou como observadora — que incluem receber mais trabalhadores temporários para atuar no campo.

O governo Biden, que lida com um fluxo recorde de imigrantes ilegais na fronteira ao sul, prometeu centenas de milhões de dólares em auxílio a imigrantes venezuelanos na região, um novo processo de vistos familiares para cubanos e haitianos e contratação facilitada de trabalhadores da América Central.

(*) Com informações de Reuters