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Na Cúpula das Américas, Biden propõe discutir imigração 'segura e ordenada'

Hygino Vasconcellos

Colaboração para o UOL, em Balneário Camboriú (SC)

08/06/2022 22h35

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, propôs discutir a imigração "segura e ordenada" para o país. A declaração ocorreu na noite de hoje (8) durante a Cúpula das Américas, que ocorre em Los Angeles.

Na próxima sexta-feira (10) será lançada a Declaração Los Angeles, classificada por Biden como uma "abordagem revolucionária" para a imigração. "A declaração representa um compromisso mútuo para investir em soluções regionais que melhorem a estabilidade, aumentando as oportunidades para uma imigração segura e ordenada em toda a região, reprimindo os criminosos e traficantes de pessoas que se aproveitam das pessoas desesperadas", disse o presidente norte-americano.

Biden disse ainda que a imigração segura e ordenada é "boa para todas as nossas economias, inclusive para os Estados Unidos" e pode ser "um catalisador para o desenvolvimento sustentável."

"Mas a imigração ilegal não é aceitável. E vamos fortalecer as nossas fronteiras inclusive através de ações inovadoras e coordenadas com nossos parceiros regionais", complementou

Parceria econômica entre os países

Antes de falar sobre os planos para imigração, Biden anunciou a Parceria das Américas para a Prosperidade Econômica que, segundo o político, está baseada nos mesmos valores fundamentais de seu governo para fomentar a competitividade econômica a longo prazo nos Estados Unidos.

"A Parceria das Américas ajudará a economia a crescer de baixo para cima e do meio para fora, e não de cima para baixo", observou.

"A economia de cima para baixo não funciona, mas quando investimos no fortalecimento dos trabalhadores e da classe média (...) é assim que podemos aumentar a oportunidade para diminuir a desigualdade persistente. Precisamos quebrar o ciclo onde as comunidades marginalizadas são as mais atingidas por desastres e têm os menores recursos para se recuperar de crises e das próximas crises", complementou.

A parceria está dividida em cinco pontos chaves. O primeiro deles será reerguer instituições econômicas regionais, especialmente o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), seguido pela criação de empregos com a transição para energias verdes e renováveis. Além desses dois, se pretende aumentar a resiliência das cadeias de suprimentos, melhorar serviços públicos e aumentar o comércio exterior regional.

"Democracia sob assalto", diz Biden

O presidente norte-americano salientou que a democracia corre risco em todo o mundo.

"A democracia é uma marca registrada da nossa região. (...) E ao nos reencontrarmos hoje é um momento que a democracia está sob assalto em todo o mundo, vamos nos unir, novamente, para renovar nossa convicção de que a democracia não é apenas uma característica marcante e definidora de nossas histórias americanas, mas um ingrediente essencial para nosso futuro como americano."