Dois americanos detidos são 'mercenários' que cometeram crimes, diz Kremlin
Dois norte-americanos detidos na Ucrânia enquanto lutavam no lado ucraniano da guerra seriam "mercenários", segundo o governo da Rússia. Ainda de acordo com o Kremlin, "eles colocaram em risco a vida de militares russos e devem ser responsabilizados por suas ações".
O comentário de Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlim, foi dado ontem e é o primeiro reconhecimento formal de que os dois homens, identificados em reportagens nos EUA como Andy Huynh, de 27 anos, de Hartselle, Alabama, e Alexander Drueke, de 39, de Tuscaloosa, Alabama, estavam detidos e sob investigação.
"Eles são soldados da fortuna. Eles estavam envolvidos em atividades ilegais no território da Ucrânia. Eles estavam envolvidos em atirar e bombardear nossos militares. Eles estavam colocando as vidas deles em risco", disse Peskov.
Dmitry também rejeitou que possa ser descartada a ideia de pena de morte para ambos. "Não podemos descartar nada, porque essa é uma decisão da justiça. Nós nunca comentamos sobre elas, e principalmente, nós não temos o direito de interferir", disse.
"Eles devem ser responsabilizados pelos crimes que cometeram. Esses crimes precisam ser investigados. A única coisa que está clara é que eles cometeram crimes. Eles não estão no Exército ucraniano. Eles não estão sujeitos à Convenção de Genebra", continuou, ao citar o acordo internacional que prevê diferentes punições a prisioneiros de guerra.
Familiares disseram na semana passada que os dois foram para a Ucrânia como combatentes voluntários e desapareceram. A mídia russa divulgou na semana passada imagens deles capturados enquanto lutavam pela Ucrânia.
Peskov não revelou onde os homens estavam detidos, mas a agência russa Interfax afirmou hoje que, segundo uma fonte do governo, os americanos estariam na cidade de Donetsk, região pró-Rússia localizada no leste ucraniano.
*Com informações da Reuters
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