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'Menino mais alérgico do mundo' morre aos 20 anos: 'Ele foi tão corajoso'

Paul Braithwaite teve a doença agravada nos últimos dois anos - Reprodução/Daily Record
Paul Braithwaite teve a doença agravada nos últimos dois anos Imagem: Reprodução/Daily Record

Do UOL, em São Paulo

07/07/2022 10h01Atualizada em 08/07/2022 08h28

Um jovem que ficou conhecido como "o menino mais alérgico do mundo" morreu aos 20 anos em Grimsby, no Reino Unido. Paul Braithwaite foi diagnosticado com uma forma rara e debilitante de gastroenterite eosinofílica quando ainda era um bebê e convivia com esse problema até hoje, segundo o jornal britânico The Sun. A doença é tão rara que não havia registro de caso desde 1906.

Braithwaite vivia em uma condição exaustiva, em que chegava a vomitar e ter erupções cutâneas após o contato com a luz do sol, grama, tecido, poeira e animais. Para piorar, ele também era alérgico a vários alimentos.

A mãe, Kelly Thornton, 46, relatou o sofrimento diário do filho. "Ele tinha todas as alergias que havia, sua pele estava vermelha e ele sofria quase diariamente. Seu crescimento foi atrofiado por causa da medicação que ele estava tomando. Aos 20 anos, ele ainda usava roupas para crianças de 10 a 11 anos".

Kelly contou que se orgulha da coragem do filho na luta contra a doença. "Ele tinha um conjunto de necessidades muito complexas e lutava a cada passo. Ele esteve em ambulâncias aéreas, reanimação e terapia intensiva, mas nada o derrubou. Ele enfrentou tudo isso com a maior atitude e brincou com tudo. O que quer que fosse jogado nele, ele simplesmente seguiu em frente".

A coragem de Braithwaite rendeu alguns admiradores como o ex-técnico da Inglaterra, Fábio Capello. Em 2008, Capello enviou uma nota pessoal com uma camisa assinada da seleção pedindo que ele "ficasse forte". "Você é um menino muito corajoso. Sua família deve estar muito orgulhosa".

Kelly afirmou que nos últimos dois anos a saúde do garoto piorou. "Ele queria comer outros alimentos, mas não podia. No final, ele se escondeu e eu odiei isso. Ele tinha vergonha de sua aparência e de quão pequeno era. Mas a coragem e a coragem que aquele garoto tinha eram incomparáveis".

Ela explicou que Braithwaite só queria uma vida normal, mas foi corajoso. "Ele só queria viver uma vida normal, queria ter um cachorro, queria aprender a dirigir e queria dar a volta no quarteirão. Ele foi tão corajoso. Ele não pediu para nascer assim, e eu fiz tudo o que pude por ele."

O pai Darren Braithwaite, 52, diz que o rapaz era solitário, o que não o impedia de ser feliz. "Ele amava o Manchester United e fomos a uma partida juntos como parte da caridade Make a Wish. Ele estava em seu próprio mundinho. Ele estava muito solitário, mas era feliz assim. A vida é muito curta. Tudo o que ele sempre quis foi ser normal".

O funeral de Braithwaite será realizado em 18 de julho.