Como no Atacama: 6 crateras gigantes que surgiram e intrigaram o mundo
Um buraco com 32 metros de diâmetro e 64 metros de profundidade surgiu no deserto de Atacama, no Chile, e deixou as autoridades da região em alerta desde o final de semana. Mas ela não é a única: outras crateras, buracos e fendas também já geraram preocupações antes, algumas delas envoltas em mistérios quanto ao seu surgimento.
No Atacama, a profundidade do buraco foi estimada pela imprensa local como equivalente a 26 pavimentos de um edifício. O prefeito de Tierra Amarilla, Cristóbal Zúñiga, alertou que a cratera "ainda está ativa" e cresce em direção às casas. "Estamos preocupados, pois é um medo constante o fato de estarmos cercados por jazidas de mineração e obras subterrâneas sob nossa comunidade".
Para além da cratera chilena, o UOL lista a seguir outros fenômenos, com buracos que já chegaram a engolir casas e alguns mistérios até hoje não resolvidos.
México
No México, um buraco de cerca de 30 metros de diâmetro que surgiu após um "forte estrondo" no povoado de Santa Maria Zacatepec em 2021. O buraco foi crescendo, ultrapassou os 125 metros de diâmetro e 45 de profundidade e chegou a engolir casas da região.
Após alguns meses de investigações, o governo mexicano descobriu que o buraco foi ocasionado por um "processo natural de dissolução de calcário", sem qualquer evidência de ser ocasionado por atividade humana.
Rússia
Em 2014, uma cratera com cerca de 80 metros de diâmetro e 50 de profundidade apareceu na província de Yamal, na Sibéria, em um local conhecido como "fim do mundo". Ela foi a primeira de uma série de buracos do tipo que surgiram na região. Hoje, ao todo, 17 buracos do tipo foram contabilizados na área.
A razão do surgimento dos buracos, que têm a cor das paredes internas escura, ainda é um mistério para cientistas. Entre as hipóteses levantada para a causa das crateras, está o derretimento do gelo na região por causa do aquecimento global.
Antártica
Em 2017, um buraco com quase 10 mil quilômetros quadrados apareceu no continente antártico, crescendo ao longo de seis semanas e chegando quase ao tamanho do estado do Paraná.
O buraco havia aparecido pela primeira vez em 1974 e "desapareceu" por décadas, voltando a intrigar os cientistas em 2017, quando apareceu no período do inverno. Um estudo publicado pelo Journal of Geophysical Research: Atmospheres, revista científica dos Estados unidos, em 2019, mostrou que ciclones intensos registrados na região podem ter levado o gelo para longe na região.
China
Em 2022, um time de cientistas chineses encontrou um buraco com 192 metros de profundidade com entradas para cavernas e uma "pequena floresta" dentro. Além de pequenas plantas, os cientistas acharam três árvores de 40 metros de altura, que cresciam em direção à entrada solar.
O buraco não foi considerado uma "surpresa" para os especialistas, já que a região sudeste do país, onde o buraco foi encontrado, é caracterizada por ter um relevo cársico, marcado por dissoluções químicas de rochas.
Quênia
Em março de 2018, uma enorme fenda começou a se abrir em Mai Mahiu, um pequeno vilarejo rural na Quênia. Segundo a BBC, essa fenda "única no planeta" está ligada a uma falha tectônica conhecida como Vale da Grande Fenda, na África Ocidental, que se estende por mais de 3 mil km, passando pelo Golfo de Adén, no norte, até o Zimbábue, no sul.
Iêmen
Esta é uma velha conhecida: com séculos de existência no deserto de Al-Mahra, no Iêmen, o "poço do inferno" ganhou esse nome da população local por seus 30 metros de largura e 112 m de profundidade.
Em 2021, exploradores desceram pela primeira vez ao local. Eles encontraram pérolas formadas por sais de cálcio levados pelo gotejamento da água das chuvas, além de cobras e bichos mortos.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.