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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Putin diz que admira 'posição equilibrada' da China sobre guerra na Ucrânia

15.set.2022 - Vladimir Putin, presidente da Rússia, se reuniu com seu homólogo da China, Xi Jinping - Sputnik/Alexandr Demyanchuk/Pool via REUTERS
15.set.2022 - Vladimir Putin, presidente da Rússia, se reuniu com seu homólogo da China, Xi Jinping Imagem: Sputnik/Alexandr Demyanchuk/Pool via REUTERS

Colaboração para o UOL*

15/09/2022 09h45Atualizada em 15/09/2022 10h54

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse hoje que admira o que definiu como "posição equilibrada" da China em relação à guerra na Ucrânia. O líder russo está reunido com o chefe do Executivo chinês, Xi Jinping, na cúpula da Organização para a Cooperação de Xangai, que acontece no Uzbequistão. É o primeiro encontro presencial entre os dois desde a invasão russa.

Segundo a CNN internacional, a mídia estatal da Rússia disse que, durante o encontro, Putin acenou ao aliado condenando as "provocações" dos Estados Unidos no Estreito de Taiwan. O chefe do Kremlin se refere a visitas de autoridades dos EUA a Taiwan, a exemplo da presidente da Câmara de Representantes, Nancy Pelosi.

Xi afirmou que seu país está pronto para trabalhar com a Rússia "como ocorre entre grandes potências". Rússia e China têm se aproximado ainda mais em todos os aspectos por conta da oposição aos Estados Unidos. E, publicamente, Pequim nunca condenou a invasão russa na Ucrânia, ajudando a barrar resoluções nas Nações Unidas contra o governo Putin.

De acordo com a CNN, as marinhas russa e chinesa realizaram patrulhas e exercícios conjuntos no Oceano Pacífico poucas horas antes da reunião de seus líderes, informou o Ministério da Defesa da Rússia.

'EUA podem cruzar linha vermelha'

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse hoje que, se os Estados Unidos decidirem fornecer a Kiev mísseis de longo alcance para sistemas Himars fabricados nos EUA em uso pela Ucrânia, o país cruzará uma "linha vermelha" e se tornará "parte no conflito".

Em um briefing, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, acrescentou que a Rússia "se reserva o direito de defender seu território".

"Os Estados Unidos e seus aliados, que fornecem armas ao regime de Kiev, estão se tornando cúmplices de seus crimes de guerra. Se Washington decidir fornecer a Kiev mísseis de longo alcance, cruzará a linha vermelha e se tornará parte direta do conflito. Nós nos reservamos o direito de defender nosso território com todos os fundos disponíveis", disse Zakharova.

Segundo ela, "possíveis entregas de armas de mísseis ao regime de Kiev são comparáveis a uma situação em que mísseis baseados em terra fabricados nos EUA, anteriormente proibidos pelo Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário, capazes de atingir alvos em território russo, fossem implantados nos países europeus".

*Com informações da Ansa e Reuters