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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Putin encerra recrutamento de reservistas: 'Não há mais nada planejado'

Vladimir Putin, presidente da Rússia - Sputnik/Valery Sharifulin/Pool via REUTERS
Vladimir Putin, presidente da Rússia Imagem: Sputnik/Valery Sharifulin/Pool via REUTERS

Do UOL, em São Paulo*

15/10/2022 07h58

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou em entrevista coletiva ontem o fim do recrutamento de reservistas para lutar na guerra contra a Ucrânia. Segundo Putin, 222 mil soldados, dos 300 mil esperados, já foram recrutados, e 16 mil já estão em "unidades envolvidas no combate".

"Não há mais nada planejado. Nenhuma proposta foi recebida do Ministério da Defesa e não vejo necessidade de fazê-lo no futuro próximo", disse presidente russo.

Apesar do anúncio, o mandatário afirmou que Moscou ainda estuda retomar o recrutamento em 15 dias. "A linha de frente tem 1.100 km de extensão, então é quase impossível mantê-la exclusivamente com tropas formadas por militares contratados", acrescentou.

Putin anunciou a mobilização de 300 mil soldados em 21 de setembro, a primeira do país desde a Segunda Guerra Mundial.

Na ocasião, o presidente russo voltou a culpar as nações ocidentais por iniciarem uma guerra por procuração com a Rússia e anunciou também o aumento no financiamento para impulsionar a produção de armas.

Rússia X Ucrânia - Arte/UOL - Arte/UOL
Imagem: Arte/UOL

Como resultado dessas medidas, a Rússia registrou fuga por parte de jovens que não queriam participar da guerra, além de protestos contra a prisão de ao menos 1.300 pessoas.

Durante a entrevista de ontem, Putin também descartou o lançamento "imediato" de novos bombardeios "em massa" na Ucrânia e a expansão da mobilização de tropas anunciada há três semanas após os reveses de suas forças.

Ele afirmou que o objetivo da ofensiva militar lançada pela Rússia em 24 de fevereiro não é "destruir a Ucrânia".

"No imediato, não são necessários novos ataques massivos. Atualmente existem outros objetivos. Por enquanto. Veremos depois", declarou.

* Com informações da AFP