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China acelera planos para anexar Taiwan, diz secretário de Estado dos EUA

21.04.2022 - Presidente chinês, Xi Jinping; acordo da China com Ilhas Salomão preocupa EUA e outros países - Getty Images
21.04.2022 - Presidente chinês, Xi Jinping; acordo da China com Ilhas Salomão preocupa EUA e outros países Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

18/10/2022 09h23Atualizada em 18/10/2022 10h05

Os planos da China para anexar Taiwan estão evoluindo de forma acelerada sob o governo de Xi Jinping, afirmou o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, durante um evento na Universidade de Stanford, na Califórnia, ontem, ao lado da diplomata Condoleezza Rice.

No último domingo (16), o presidente chinês Xi Jinping não descartou o uso da força para "unificar" Taiwan e deixou claro que seus planos para a ilha continuam sendo fundamentais para "rejuvenescer" a China.

Para Blinken, a paz e estabilidade entre a China e Taiwan foram mantidas com sucesso por décadas até que Pequim mudou sua abordagem.

"Em vez de manter o status quo estabelecido de maneira positiva, [Pequim tomou] uma decisão fundamental de que o status quo não é mais aceitável, e Pequim está determinada a buscar a reunificação em um cronograma muito mais rápido", afirmou Blinken.

Segundo o secretário de Estado dos EUA, a China está disposta a fazer o que for preciso para conquistar Taiwan.

"Meios coercitivos devem ser empregados caso os meios pacíficos não funcionem, e, caso isso também não funcione, devem adotar meios forçados para atingir os objetivos", disse ele. "É isso que está perturbando profundamente o status quo e criando tremendas tensões."

Blinken acrescentou que os EUA honrarão seus compromissos com Taiwan e apoiarão a capacidade da ilha de se defender. Em setembro, o presidente estadunidense Joe Biden disse que as forças dos EUA defenderiam Taiwan no caso de um ataque chinês —apesar da ambiguidade política dos EUA sobre o assunto.

Os comentários de Blinken acontecem no momento em que a China realiza o Congresso do Partido Comunista, que deve dar ao presidente Xi um terceiro mandato inédito.

As tensões entre Pequim e Taipé aumentaram dramaticamente em agosto após a visita da presidente da Câmara dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, a Taiwan. Ela foi a principal autoridade americana a visitar a ilha em 25 anos.

A China, que considera Taiwan parte de seu território, denunciou a visita como uma provocação. Nos dias seguintes, exercícios militares em larga escala foram feitos ao redor da ilha.