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Condição rara: menino nasce sem pênis e faz xixi pelo ânus

Imagem do exame médico apresenta o sistema urinário da criança, que está conectado diretamente ao reto - Divulgação/Journal Radiology Case Reports
Imagem do exame médico apresenta o sistema urinário da criança, que está conectado diretamente ao reto Imagem: Divulgação/Journal Radiology Case Reports

Colaboração para o UOL, em São Paulo

18/10/2022 11h22

Um menino iraniano nasceu sem o pênis, uma condição rara que deixou os especialistas que cuidaram do caso surpresos, por não ter ocorrido nenhum problema na gestação.

O caso foi divulgado pela revista científica Radiology Case Reports e está sendo investigado por pesquisadores da Universidade de Ciências de Zahedan, segundo o jornal britânico Daily Mail.

A publicação explicou que a afalia se manifesta em uma criança a cada 30 milhões e existem menos de 100 casos relatados na literatura médica. Os indivíduos afetados por essa anomalia são conhecidos como intersexuais.

Os médicos responsáveis pelo tratamento da criança, cuja identidade não foi revelada, explicaram que a anomalia é conhecida como afalia, caracterizada pela ausência do órgão sexual no nascimento.

O fenômeno ocorre quando a genitália não se desenvolve normalmente no útero durante os primeiros meses de gravidez. Neste caso, a má formação impede que o menino desenvolva o falo. Apesar da ausência do pênis, ele apresenta outros órgãos masculinos como os testículos.

No entanto, a limitação também provocou outra alteração no organismo da criança: o sistema urinário do recém-nascido está conectado ao reto, portanto, o menino urina pelo ânus.

Mesmo com essas raras condições, o bebê nasceu saudável em relação ao restante do corpo.

Futuro causa debate

Embora existam diversos procedimentos cirúrgicos para a construção de um pênis e uma uretra, os médicos do bebê recomendaram à família que ele passe por um tratamento de mudança de sexo, segundo o Daily Mail. Nesse sentido, seria necessária uma cirurgia de feminização para a criar uma vagina.

O processo também se estenderia para a adolescência, de modo que a criança teria que ser submetida a uma terapia de estrogênio durante a puberdade.

Instituições iranianas criticaram a sugestão dos médicos e apontaram que o menino pode receber uretra e ter um sistema urinário que funcione conforme o seu gênero de nascimento.

Até o momento, não há informações sobre a decisão tomada pela família em relação ao futuro do menino e se ele será submetido a uma cirurgia.