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Mãe de pet? Mulher dá o próprio sangue para sanguessugas 'de estimação'

Mulher incentiva outras pessoas a adotarem sanguessugas, mas alertou sobre riscos de alimentação com sangue humano - Reprodução/TikTok
Mulher incentiva outras pessoas a adotarem sanguessugas, mas alertou sobre riscos de alimentação com sangue humano Imagem: Reprodução/TikTok

Do UOL, em São Paulo

03/11/2022 09h04Atualizada em 03/11/2022 17h50

Uma mulher fez sucesso nas redes sociais ao mostrar que oferece o próprio sangue como alimento para suas cinco sanguessugas de estimação. Sommer Seeley, 26, que mora em Portland, nos Estados Unidos, já compartilhou diversos vídeos com os animais prendendo as ventosas em diferentes partes de seu corpo, sem demonstrar dor ou desconforto com suas "doações".

"Algumas pessoas já disseram que eu sou nojenta e preciso ser internada em uma instituição psiquiátrica", afirmou Sommer em depoimento ao site NeedToKnow, ao comentar a reação da internet à sua rotina com as sanguessugas.

Em um de seus posts de maior sucesso, que já tem 4,6 milhões de visualizações no TikTok, a mulher aparece de mãos dadas com a então namorada enquanto os "pets", que usam lacinhos nas cabeças, se alimentam nas pernas das duas.

"Encontre uma garota que goste de suas sanguessugas", escreveu Sommer na legenda do vídeo.

A norte-americana, que trabalha como segurança, contou que cria sanguessugas "há vários anos", com a mais velha das cinco sendo Betty, de 4 anos e 12,7 centímetros de comprimento.

Além dela, a família também conta com Bea, Rue, Estelle e Herb, um quinteto apelidado pela dona como Golden Girls Crew — ou "Equipe das Garotas de Ouro", em tradução para o português.

Sommer conta que deu seu próprio sangue aos animais pela primeira vez por "curiosidade", mas logo o experimento virou rotina.

"Eu fiquei surpresa com a quantidade de tempo que elas conseguiam ficar presas, por uma hora ou até mais", destacou a mulher, que usa os braços e pernas como principais fontes de alimento para os bichos.

Ela ainda deixa claro que o processo é indolor, já que a saliva das sanguessugas possui um anestésico e uma substância química que ajuda a manter a circulação no corpo do doador.

"Você sangra depois por causa dos anticoagulantes na saliva delas, que podem ter efeito por mais de 10 horas", explicou ela ao NeedToKnow.

Segundo a criadora, apesar de assustar, o processo precisa ser repetido poucas vezes ao ano, já que as sanguessugas podem se manter por bastante tempo com pouco alimento. Se preparando para possíveis ausências durante as temporadas de reabastecimento de seus bichos, a segurança já comprou um kit para coleta de sangue, para criar um estoque de segurança.

Sommer afirma que seu objetivo ao mostrar tanto cuidado com pets tão não convencionais é mostrar ao mundo que "todas as criaturas tem valor", independente de seu tamanho.

"Se você gosta de pets estranhos e de baixa manutenção e não tem problema com sangue, elas são ótimas", defendeu ela, destacando, por outro lado, que não recomenda que outras pessoas sigam o exemplo de oferecer o corpo como fonte de alimento, já que pode levar "ao dono ou outros ficando machucados".

Em acordo com o alerta da mulher, o site Science Alert recomenda que seres humanos "não devem tentar alimentar uma sanguessuga com o próprio sangue sem antes procurar um aconselhamento médico", já que a experiência pode causar uma reação alérgica ou uma infecção pela saliva do animal.

Apesar do risco, muitas pessoas se aventuram na experiência de alimentar sanguessugas afirmando ter benefícios médicos com isso. Em 2016, uma britânica declarou ter perdido 45 quilos apenas dando seu sangue ao animal.