Lula Vampira: Molusco brilha no escuro e é chamado de fóssil vivo
Uma espécie rara de um molusco, encontrada nas profundezas dos oceanos, chama atenção por características peculiares como a capacidade de brilhar no escuro e a pele entre tentáculos. A curiosidade em torno dela também está na raridade em que é encontrada por humanos.
A lula vampira, cujo nome científico é Vampyroteuthis infernalis - em latim, significa "lula-vampira-do-inferno" - é descrita pela primeira vez em 1903. Ela tem um corpo vermelho, e vive em habitats escuros e frios, em profundidades entre 600 e 900 metros abaixo do nível do mar.
O cientista sênior Bruce Robison, do Monterey Bay Aquarium Research Institute, na Califórnia, explicou à Newsweek que os animais "têm oito tentáculos e dois filamentos longos e finos, que usam para coletar partículas de comida".
Porém, apesar do nome e da aparência, esses animais não são classificados como lulas nem polvos. Na verdade, elas pertencem a sua própria ordem de cefalópodes, a Vampyromorphida, sendo o único membro sobrevivente conhecido dessa categoria, explica a publicação.
Ainda segundo o cientista, entre os tentáculos há uma teia semelhante com um guarda-chuva. Daí, vem a alusão aos vampiros, já que essa pele é semelhante àquelas encontradas nas asas de morcegos.
Outra peculiaridade está relacionada com a morfologia desses animais. Os exemplares atuais das lulas vampiras preservam características registradas em seus ancestrais que viveram centenas de milhões de anos atrás. Por essa razão, receberam dos cientistas a alcunha de "fósseis vivos".
Além disso, elas chamam a atenção também pelo uso de bioluminescência. A partir de um órgão luminoso poroso localizado na ponta de cada tentáculo, elas são capazes de excretar um fluido luminoso. Esse atributo é empregado quando a lula vampira se sente ameaçada, alterando sua aparência enquanto distrai e confunde possíveis predadores, explica Robison.
Como várias outras espécies marinhas, as lulas vampiras também sofrem consequências da poluição das águas. O cientista afirma que já foram identificadas fibras plásticas e partículas em seus estômagos em análises. Além disso, o aumento da temperatura do oceano altera a rede trófica, ou seja, a interligação natural de cadeias alimentares.
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