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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Rússia elogia 'reação comedida' dos EUA após míssil atingir Polônia

Porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em São Petersburgo - Evgenia Novozhenina/Reuters
Porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em São Petersburgo Imagem: Evgenia Novozhenina/Reuters

Do UOL*, em São Paulo

16/11/2022 07h59

O Kremlin elogiou nesta quarta-feira (16) a "reação comedida" dos Estados Unidos após o impacto de um míssil na Polônia no dia anterior e garantiu que a Rússia "não tem nada a ver" com o incidente. Segundo o governo polonês, o míssil é de fabricação russa, mas a Ucrânia também usa munição feita em Moscou.

"A reação comedida e profissional do lado dos EUA deve ser destacada", disse à imprensa o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, denunciando a "histeria" de "altos funcionários de vários países".

"A Rússia não tem nada a ver com o incidente na Polônia", acrescentou.

O que Dmitri Peskov definiu como reação "comedida e profissional" tem também relação com a declaração do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a respeito do incidente.

Biden disse ser "improvável" que o míssil tenha sido disparado da Rússia devido à sua trajetória. "Vou garantir que descobriremos exatamente o que aconteceu", acrescentou o presidente americano.

Uma das possibilidades é de que o míssil foi desviado pela ação da defesa antiaérea da Ucrânia com a intenção de interceptar mísseis russos. Antes de a Polônia ser atingida, mais de 100 disparos atingiram a capital ucraniana Kiev e as cidades de Kharkiv e Lviv.

Nas redes sociais, Mykhailo Podolyak, um dos principais assessores do presidente da Ucrânia Volodimir Zelensky, afirmou que "não há necessidade de procurar desculpas e adiar decisões importantes".

"Apenas a Rússia é responsável pela guerra na Ucrânia e pelos massivos ataques com mísseis. Apenas a Rússia está por trás dos riscos crescentes para os países fronteiriços", afirmou ele.

Os líderes das maiores economias globais — grupo conhecido como G20 — assinaram hoje uma declaração conjunta condenando "nos termos mais fortes" a guerra da Rússia contra a Ucrânia.

*Com informações da AFP