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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Rússia lança mais de 100 mísseis contra Ucrânia após Zelensky falar no G20

15.nov.22 - Bombeiros trabalham para apagar um incêndio em um prédio residencial atingido por um ataque de míssil russo em Kiev, na Ucrânia - STRINGER/REUTERS
15.nov.22 - Bombeiros trabalham para apagar um incêndio em um prédio residencial atingido por um ataque de míssil russo em Kiev, na Ucrânia Imagem: STRINGER/REUTERS

Do UOL, em São Paulo*

15/11/2022 14h27Atualizada em 16/11/2022 07h13

A Rússia disparou hoje mais de 100 mísseis contra a Ucrânia horas após o discurso do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky no G20 em que ele pede maior pressão sobre Moscou pelo fim da guerra. Uma morte foi confirmada em Kiev e pelo menos seis pessoas estão feridas.

Os mísseis atingiram prédios residenciais em Kiev, além de infraestrutura de energia a menos de um mês do inverno. Diferentes regiões foram atingidas, inclusive Lviv e Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia.

A cúpula do G20 na Indonésia aumentou a pressão internacional sobre a Rússia, com vários apelos, inclusive de países próximos a Moscou, para encerrar a guerra na Ucrânia, que teve consequências devastadoras em todo o mundo.

O presidente russo Vladimir Putin deixou de ir à cúpula para evitar críticas e enviou seu chanceler Segei Lavrov.

Para o chefe de gabinete presidencial ucraniano, Andriy Yermak, o ataque foi uma resposta ao discurso de Zelensky.

Alguém pensa seriamente que o Kremlin realmente quer paz? O que ele quer é obediência. Mas no final das contas, os terroristas sempre perdem.
Declaração do chefe de gabinete Andriy Yermak

Ataques em Kiev, Lviv e Kharkiv. Dois prédios residenciais foram atingidos em Kiev, informou o prefeito Vitali Klitschko. Sirenes de alerta antiaéreo soaram em todo o país por volta das 15h30 (11h30 em Brasília), minutos antes das explosões em Lviv e Kharkiv.

"Há um ataque à capital. De acordo com informações preliminares, dois edifícios residenciais foram atingidos no distrito de Pechersk. Vários mísseis foram derrubados pelo sistema de defesa aérea de Kiev. Mais detalhes serão dados mais tarde", disse Klitschko nas redes sociais.

15.nov.22 - Moradores locais se reúnem perto de seu prédio residencial atingido por um ataque de míssil russo em Kiev, na Ucrânia - GLEB GARANICH/REUTERS - GLEB GARANICH/REUTERS
15.nov.22 - Moradores locais se reúnem perto de seu prédio residencial atingido por um ataque de míssil russo em Kiev, na Ucrânia
Imagem: GLEB GARANICH/REUTERS

"Explosões são ouvidas em Lviv. Fiquem seguros", escreveu o prefeito Andriy Sadovi no Telegram, acrescentou que o metrô parou de funcionar na região.

O prefeito de Kharkiv, Igor Terejov, relatou um "ataque com mísseis" e explicou que está descobrindo se houve vítimas.

Após os ataques, Lviv Kharkiv, assim como outras regiões, sofreram quedas de energia. Autoridades ucranianas estimam que metade da população do país às escuras.

Os ataques anteriores que atingiram Kiev em 10 e 17 de outubro visaram sobretudo, como em outras partes do país, a infraestrutura energética, a fim de privar a população de energia com a aproximação do inverno. Na época, Moscou justificou esses ataques "massivos" como resposta pela destruição parcial da ponte que liga a Rússia à península da Crimeia, anexada por Moscou em 2014.

Como foi discurso de Zelensky no G20

Reunidos hoje na Indonésia, os líderes dos 20 países mais industrializados elaboram um comunicado em que a maioria dos países membros condena a invasão da Ucrânia pela Rússia e suas consequências na economia mundial, de acordo com diplomatas.

Falando por videoconferência no evento, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse ao G20 que era hora de acabar com a agressão russa implementando um plano de paz apresentado por Kiev.

"Juntos, podemos implementar este plano de paz", disse Zelesnky.

Segundo os delegados presentes à cúpula, Sergei Lavrov, chefe da diplomacia russa, não saiu da sala durante o discurso do presidente ucraniano. Porém, ele considerou as condições ucranianas para a paz "irrealistas".

*Com informações de AFP, Reuters e RFI