Terremoto na Turquia: Brasileira chora ao filmar destruição nas ruas

A pedagoga Eliana Monteiro mostrou no UOL News como estão as ruas na cidade de Iskenderun, na fronteira com a Síria. Morando na Turquia há seis anos, ela diz que os tremores têm ocorrido de forma constante e não há previsão para ela e a família voltarem para a casa.

De dentro do carro, ela filmou a situação da província onde vive com a família e registrou estabelecimentos destruídos, asfalto danificado e as pessoas nas ruas buscando abrigo. Segundo Eliana, há ambulância "para todo lado".

Brasileiros na Turquia: maioria não vive em área atingida, diz consulado

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Marcelo Viegas, ministro-conselheiro da Embaixada do Brasil em Ancara, na Turquia, disse ao UOL News que a maioria dos brasileiros estão fora da área em que o terremoto ocorreu.

Temos cerca de 350 brasileiros registrados no setor consular. Enviamos e-mails a todos informando da disponibilidade para prestar o auxílio possível e estamos em contato com as autoridades turcas para oferecer a assistência que for possível e para a identificação de eventuais brasileiros atingidos pelo terremoto".

O ministro-conselheiro também disponibilizou canais de contato para brasileiros:

Pelo Facebook, o contato pode ser feito pela página "Embaixada Brasil Ancara"

Pelo número do plantão consular, o contato pode ser feito pelo número +90 533 424 0429

Pelo e-mail, o contato pode ser feito pelo endereço consular.ancara@itamaraty.gov.br

'Cena de filme, muitas pessoas estão nas ruas sem ter para onde ir', diz brasileira na Turquia

Durante o programa, a brasileira Rafaela Lopes, que mora na Turquia há dois anos, descreveu como estão as ruas do país após o terremoto.

É cena de filme. É um trânsito, as pessoas estão na rua, muitas pessoas não tem para onde ir, não tem onde se abrigar e estão na rua fazendo fogueira, com crianças e malas. O governo está disponibilizando abrigos em Adana, mas muitos estão preferindo sair da cidade".

Guia turístico na Turquia relata horror durante terremoto: '1m40s de tremores'

O guia turístico Mehmet Ali afirmou que um terremoto de quase dois minutos é tão "devastador" quanto a magnitude de 7,8 registrados.

Além da dimensão de 7,8 (de magnitude), pior do que isso é a duração: 1 minuto e 40 segundos de terremoto. O máximo que vivi foi 45 segundos e não consigo imaginar o quão devastador foi esse tempo. 45 segundos já tira sua vida, imagina 1 minuto e 40 segundos de terremoto. É pesado, é terrível".

A tragédia

Na Turquia, o saldo de vítimas está em 1.541 mortos e 9.733 feridos, segundo último balanço do vice-presidente do país, Fuat Oktay.

Ao menos 3.471 prédios ficaram destruídos e buscas por vítimas soterradas continuam.

Já na Síria são pelo menos 810 mortos, segundo a agência oficial Sana e socorristas em regiões rebeldes.

A maior parte dos mortos na Síria está nas cidades de Aleppo, Hama, Latakia e Tartus, muito atingidas pela guerra no país, que começou em 2011.

Horas depois do primeiro terremoto, um tremor secundário de magnitude 7,6 atingiu o sudeste da Turquia — a 4 km da região mais atingida pelo primeiro terremoto.

O segundo tremor foi confirmado por autoridades turcas, mas o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) fala em magnitude de 7,5, às 13h24 no horário local (7h24 no horário de Brasília).

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