O encontro do presidente Lula (PT) com o mandatário norte-americano, Joe Biden, na sexta-feira (10), marca uma retomada na relação do Brasil com um de seus parceiros mais longevos, segundo a professora de Relações Internacionais Danielle Ayres.
Em entrevista durante a edição das 18h do UOL News de hoje, Danielle Ayres afirmou que o encontro será pautado em alguns temas "renegados pelo governo anterior", como Direitos Humanos, meio-ambiente e democracia.
Essa é a palavra que a diplomacia brasileira está usando, um reset nas relações, Acho que, não só nas relações, mas como na maneira que o Brasil se inserirá no espaço internacional, a maneira como o Brasil vai colocar sua voz, suas tradicionais posições politicas no espaço internacional."
De acordo com a especialista, a viagem será importante para ambos os presidentes, já que os dois países sofreram ataques à democracia após os resultados das eleições presidenciais.
Guerra
A professora de relações internacionais também afirmou que o encontro deve trazer à tona a guerra na Ucrânia e que isso servirá para o Brasil "recuperar sua tradicional capacidade de ação, e para que mostre que seu papel é de pacificador".
Ela afirmou que o presidente Lula deve manter sua posição de dias atrás, quando sugeriu a criação de um grupo pela paz e negou o envio de armas ao país europeu. "Isso não é uma posição nova no Brasil, é uma posição tradicional da politica externa brasileira", completou.
Lula não deve enfrentar entraves no Congresso por críticas ao Banco Central, diz Chico Alves
Também durante participação no UOL News, o colunista do UOL Chico Alves comentou sobre o atual entrave entre o governo federal e o BC (Banco Central).
Para Chico Alves, as críticas de Lula direcionadas ao presidente do BC, Roberto Campos Neto, não terão um custo político, não trazendo entraves na Câmara ou no Senado. Contudo, o colunista do UOL afirmou que o atual mandatário do executivo continuará recebendo pressão de uma ala que já é crítica ao governo PT.
"O que ele pode ter são criticas vindas do tal mercado, mas a gente sabe que o mercado já não tem boa vontade com Lula mesmo", disse. "Acho que ele vai receber pancada de quem ele sempre recebeu e receberá, o custo não será tão alto", completou.
Oyama: ala bolsonarista tem muitos votos, mas é minoria
A colunista do UOL Thaís Oyama comentou durante o UOL News sobre as disputas que vêm ocorrendo no PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro e comandado por Valdemar Costa Neto.
De acordo com a colunista, o embate seguirá acontecendo, mas a ala bolsonarista, mesmo tendo muitos votos, é minoria no partido. Thaís Oyama destacou que a questão do fundo eleitoral, ao qual o partido tem direito por conta dos 99 deputados eleitos, é fundamental.
"Agora, se mais tarde esses deputados resolvem sair do partidos ou são saídos do partido, isso não altera em nada esse grande volume de dinheiro que o PL conquistou", afirmou.
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