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3.700 km/h e ogiva nuclear: o poderoso míssil russo lançado no Mar do Japão

O míssil russo Moskit em ação - Reuters
O míssil russo Moskit em ação Imagem: Reuters

Do UOL, em São Paulo

29/03/2023 12h19Atualizada em 29/03/2023 12h19

A Rússia confirmou na terça (28) que lançou mísseis antinavio contra um alvo simulado no Mar do Japão durante exercícios militares. A arma usada é o poderoso Moskit, um dos mísseis mais potentes do mundo.

Veja as características dele:

  • É um dos mais rápidos e manobráveis mísseis antinavios do mundo, capaz de atingir velocidades de Mach 3 (3.700 km/h).
  • O modelo tem corpo cilíndrico pesa cerca de 4,5 toneladas, foi projetado para ser lançado do mar, mas hoje em dia também é acionado no solo.
  • O Moskit tem um alcance máximo de 120 km e pode levar uma ogiva de 300 kg de explosivos.
  • As vantagens do Moskit incluem sua velocidade, capacidade de manobra e grande poder de fogo.
  • Se equipado com uma ogiva nuclear, ele pode destruir uma frota de embarcações rival, o que foi o objetivo de sua criação.
  • O míssil compete diretamente com o míssil americano Harpoon, mas é mais veloz.
  • É usado principalmente pela marinha russa, mas também foi vendido para países como Índia, China, Vietnã e Síria.
  • O Moskit tem sido usado em conflitos recentes, incluindo a guerra na Síria, onde foi relatado ter sido usado com sucesso contra alvos navais.

O teste

As manobras da Frota do Pacífico da Rússia aconteceram uma semana após o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, visitar a Ucrânia.

"Nas águas do Mar do Japão, navios com mísseis da Frota do Pacífico dispararam mísseis de cruzeiro Moskit contra um alvo inimigo simulado no mar", afirmou o ministério russo no Telegram. "O alvo, localizado a quase 100 km de distância, foi atingido com sucesso por dois mísseis de cruzeiro Moskit."

moskit - Reuters - Reuters
O míssil russo Moskit em ação
Imagem: Reuters

O ministro japonês das Relações Exteriores, Yoshimasa Hayashi, denunciou "a multiplicação das atividades do exército russo no Extremo Oriente, incluindo as áreas próximas do Japão".

"Vamos continuar vigiando de perto os movimentos do exército russo", declarou o ministro.