Exílio e processo: onde está o lider do grupo Wagner, que desafiou Putin
Yevgeny Prigozhin, chefe do Grupo Wagner, terá de se exilar em Belarus como parte do acordo firmado com a Rússia. O Grupo Wagner protagonizou uma insurreição contra o regime de Vladimir Putin no final de semana, em meio à Guerra na Ucrânia.
Na sexta-feira (23), Prigozhin iniciou uma ofensiva contra o governo russo a partir da cidade de Rostov-do-Don. O movimento foi resultado de um processo mais longo: os desentendimentos estariam ocorrendo há meses, pela falta de armamentos e outros equipamentos de guerra.
Depois de acusar militares russos de bombardearem seus homens, o grupo tomou as instalações militares no local e afirmou ter abatido um helicóptero da Rússia. Depois, foram registrados combates nas cidades de Pavlovsk e Voronezh.
O avanço foi interrompido após um acordo entre o Kremlin e o grupo, intermediado pelo governo de Belarus. A negociação prevê que o governo russo não vai processar Prigozhin, nem punir outros membros do grupo que participaram da revolta.
Prigozhin deve ir para Belarus e deixar o front na Ucrânia e em São Petesburgo. Mercenários que não participaram da insurreição seriam integrados ao Ministério da Defesa russo, prevê o acordo.
Acusações contra Prigozhin persistem
Nesta segunda (26), porém, a mídia russa informava que Prigozhin ainda será processado pela insurreição, contrariando o acordo. Prigozhin não foi mais visto depois de deixar a cidade de Rostov-on-Don, no sábado (24).
Também no sábado, Putin fez um duro discurso condenando a insurreição. Putin afirmou que Prigozhin deu uma "facada nas costas" do povo russo e prometeu punições severas, apesar de já estar negociando o acordo.
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