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Após implosão de submersível, OceanGate suspende atividades

Do UOL, em São Paulo

06/07/2023 14h15Atualizada em 06/07/2023 19h01

A OceanGate, empresa dona do submersível que implodiu no mês passado em uma expedição ao naufrágio do Titanic, anunciou hoje que suspendeu todas as atividades.

O que aconteceu?

"A OceanGate suspendeu todas as operações comerciais e de exploração", diz um comunicado publicado no site da empresa.

Ainda não há mais informações disponíveis. O UOL entrou em contato com a empresa. Caso haja resposta, o texto será atualizado.

O site ainda exibe um anúncio para explorar "o naufrágio mais famoso do mundo", com vagas limitadas. Havia duas expedições previstas para junho do próximo ano.

Anúncio acontece após submersível Titan implodir no final de junho, matando todos os ocupantes. As vítimas eram um piloto e quatro passageiros, que pagaram cerca de R$ 1,2 milhão para ver os destroços do Titanic, a cerca de 4km de profundidade.

Busca pela embarcação mobilizou governos dos EUA e do Canadá. O submersível perdeu contato com o barco de apoio na superfície pouco menos de duas horas após submergir, cerca de 700 km ao sul de Terra Nova e Labrador, a província mais ao leste do Canadá.

Quatro dias de buscas depois, a Guarda Costeira dos Estados Unidos confirmou que a embarcação implodiu. Os destroços do Titan chegaram ao porto de Terra Nova e Labrador na semana passada.

Destroços do submersível Titan chegam a porto no Canadá; veja fotos

O que é uma implosão?

Implosão é quando algo colapsa em direção ao seu centro. É o oposto da explosão, quando a energia vai do centro para fora.

O fundo do mar é um ambiente de extrema pressão. A máxima profundidade que um mergulhador já conseguiu atingir foi de 333 metros — os destroços do Titan foram encontrados a 3,2 km de profundidade.

A chance de sobrevivência é nula. "Uma pessoa aguentaria nadar até, no máximo, uma profundidade de 50m. Uma falha estrutural em um submarino abaixo desta profundidade já seria catastrófica, mortífera para a tripulação", disse Gustavo Roque da Silva Assi, professor da USP, em entrevista ao UOL.