Conteúdo publicado há 11 meses

Assassina da 'Família Manson' deve ganhar condicional após 53 anos presa

Após confessar ter matado uma mulher com 15 facadas na barriga em 1969, aos 19 anos, Leslie Van Houten passou 53 anos na cadeia. Seguidora do assassino em série Charles Manson, ela foi condenada à prisão perpétua, mas agora deve ganhar liberdade condicional.

O que se sabe:

Van Houten está cumprindo penas simultâneas de sete anos após ser condenada em 1971 por seu papel nos assassinatos do executivo de supermercado Leno LaBianca e sua esposa, Rosemary, em sua casa.

O governador da Califórnia, Gavin Newsom, anunciou que não contestará a decisão do tribunal de apelação estadual, que abriu a possibilidade de liberdade condicional para Van Houten.

Newsom reverteu a concessão de liberdade condicional dela três vezes desde que assumiu o cargo, disse Erin Mellon, porta-voz do governador, em um comunicado na sexta-feira. "O governador está desapontado com a decisão do Tribunal de Apelação de libertar Van Houten, mas não tomará mais nenhuma medida, pois os esforços para recorrer têm poucas chances de sucesso", declarou o porta-voz.

A prisioneira e sua defesa disseram estar "emocionadas" com o anúncio, segundo Nancy Tetreault, advogada de Van Houten. "Ela está grata por sua reabilitação, pelo trabalho árduo em reformar seu pensamento, compreendendo os fatores que a levaram a ser influenciada por Manson. Ela está grata pelo fato de que o tribunal de apelações reconhece isso", disse a advogada à CNN.

Van Houten sairá em liberdade condicional após uma audiência final, que examinará seu comportamento. A data exata está sendo mantida confidencialidade por questões de segurança, segundo Tetreault.

Relembre o caso:

Van Houten, agora com mais de 70 anos, tinha 19 quando conheceu Manson e se juntou ao culto que ficou conhecido como "Família Manson".

O grupo se envolveu em uma série de crimes e assassinatos motivados por uma suposta "guerra racial" e uma visão apocalíptica do mundo.

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Os assassinatos brutais começaram em 9 de agosto de 1969, na casa da atriz Sharon Tate e seu marido, o famoso diretor de cinema Roman Polanski. Ele estava fora do país na época.

As primeiras vítimas foram Tate, que estava grávida de oito meses; um cabeleireiro famoso chamado Jay Sebring; a herdeira da fortuna do café Abigail Folger; o escritor Wojciech Frykowski; e Steven Parent, amigo do zelador da família.

Na noite seguinte, o casal Leno e Rosemary LaBianca foi esfaqueado até a morte em sua casa.

Na Justiça, Van Houten contou que esfaqueou cerca de 15 vezes a barriga de Rosemary, limpou suas digitais de objetos que poderiam incriminá-la e queimou as próprias roupas após o crime.

Embora Manson tenha ordenado os assassinatos, ele não matou ninguém. Van Houten, juntamente com Manson e os seguidores Charles "Tex" Watson, Susan Atkins e Patricia Krenwinkel, foram indiciados em dezembro de 1969 pelos assassinatos de Tate, seus amigos e do casal LaBianca.

Após sua condenação, Van Houten foi sentenciada à morte, mas a pena capital foi posteriormente abolida na Califórnia e sua sentença foi comutada para prisão perpétua. Ela se tornou elegível para liberdade condicional pela primeira vez em 1977.

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