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Justiça reduz pena de suposto espião russo para 5 anos e regime semiaberto

O suposto espião russo Sergey Cherkasov, preso no Brasil há mais de um ano, teve a pena reduzida e cumprirá a pena, inicialmente, em regime semiaberto.

O que aconteceu

A pena de Sergey foi fixada em 5 anos, 2 meses e 15 dias, em regime semiaberto, além do pagamento de 50 dias-multa. A decisão foi tomada ontem (26) pela 5ª Turma do TRF3.

Inicialmente, o russo foi condenado a 15 anos de reclusão, em regime inicial fechado, bem como ao pagamento de 16 dias-multa. Essa decisão era da primeira instância e a defesa de Sergey recorreu.

Cherkasov foi condenado por uso de documento falso. Ele foi detido ao tentar se infiltrar no Tribunal de Haia, na Holanda, em abril do ano passado, se passando por um estudante brasileiro.

Hoje, o ministro da Justiça, Flávio Dino afirmou que não há data prevista para a extradição do russo e explicou que ele ficará no Brasil com base em tratados e na Lei da Migração. Em uma postagem nas redes sociais, o ministro disse que foram dois pedidos de extradição referentes a Cherkasov.

Cherkasov usava documentos falsos com o nome de Victor Muller Ferreira. Após ser descoberto por autoridades holandesas, ele foi deportado ao Brasil, mas a Rússia pede que ele retorne porque ele seria acusado de tráfico de drogas.

STF quer conclusão das investigações

Cherkasov nega ser um espião da Rússia e usava documentos falsos com o nome de Victor Muller Ferreira. Após ser descoberto por autoridades holandesas, ele foi deportado ao Brasil, mas a Rússia pede que ele retorne porque ele seria acusado de tráfico de drogas.

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O russo está em prisão preventiva sob a acusação de uso de documento falso desde abril de 2022. Ele também é investigado por atos de espionagem, lavagem de dinheiro e corrupção.

O STF decidiu, no fim de março, que Cherkasov só poderá voltar à Rússia após o fim das investigações criminais contra ele.

EUA também pediram extradição

O governo dos Estados Unidos pediu em abril a extradição do russo. Segundo noticiou a BBC News Brasil na ocasião, a informação foi confirmada pelo Ministério das Relações Exteriores, mas Cherkasov segue preso no Brasil.

Os EUA o acusam de fazer parte de um grupo considerado a elite da espionagem russa. Os norte-americanos afirmam que Cherkasov usava a identidade brasileira para se infiltrar em instituições e obter informações estratégicas do governo norte-americano.

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