Zelensky diz que Rússia tem interesse em 'incitar guerra no Oriente Médio'
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que a Rússia tem interesse em "inflamar a guerra" no Oriente Médio para enfraquecer a unidade global.
O que aconteceu:
Zelensky disse que isso ajudaria a Rússia a "destruir a liberdade na Europa". "Temos dados que provam muito claramente que a Rússia está interessada em incitar a guerra no Oriente Médio", declarou em vídeo publicado nas redes sociais.
"Podemos ver os propagandistas russos regozijando-se. Podemos ver os amigos iranianos de Moscovo a estenderem abertamente a mão àqueles que atacaram Israel", continuou.
O presidente da Ucrânia garantiu saber "como combater essa ameaça": "Nosso principal objetivo é proteger a necessidade da máxima unidade global", finalizou.
Tudo isto representa uma ameaça muito maior do que a que o mundo tem atualmente. As guerras mundiais do passado foram desencadeadas por agressões locais.
Volodymyr Zelensky
We have data very clearly proving that Russia is interested in inciting war in the Middle East. So that a new source of pain and suffering would erode global unity and exacerbate cleavages and controversies, helping Russia in destroying freedom in Europe.
-- Volodymyr Zelenskyy / ????????? ?????????? (@ZelenskyyUa) October 9, 2023
We can see Russian? pic.twitter.com/TLW94hKc9e
O presidente ucraniano condenou, ainda no sábado (7), o ataque do Hamas a Israel. Zelensky disse que o direito de autodefesa dos israelenses é "inquestionável".
A fala segue a manifestação de outros líderes europeus, como os governos do Reino Unido, Alemanha, Suécia, Holanda e França.
Rússia condena conflito e critica atuação dos EUA
O ministro de relações exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, condenou o conflito no Oriente Médio, mas apresentou uma posição crítica em relação à narrativa a favor de Israel. Segundo ele, o Ocidente é "míope" se apenas condenar os ataques contra Israel sem considerar a causa da instabilidade.
"Não posso deixar de mencionar a política destrutiva dos Estados Unidos, a qual impede os esforços coletivos dentro da estrutura do quarteto de mediadores internacionais", disse Lavrov a repórteres em Moscou. O quarteto ao qual se referiu é composto por Nações Unidas, União Europeia, Estados Unidos e Rússia.
O porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov, disse que Moscou acompanha com preocupação o conflito e que a situação entre Israel e Gaza representa um "grande perigo" para a região.
Peskov defendeu uma saída pacífica. "Nós acreditamos que a situação deve ser trazida de volta para um canal pacífico o quanto antes", disse.
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Quero receberO porta-voz afirmou ainda que a continuação da espiral de violência vai levar a uma escalada e ao crescimento do conflito. "Nós estamos extremamente preocupados", informou.
A Rússia está em guerra com a Ucrânia há mais de um ano e meio. O país invadiu o vizinho em fevereiro de 2022 e ainda não aceitou negociações para a paz.
* Com informações da Reuters e da agência de notícias russa Tass.
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