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Secretário dos EUA chega a Israel, que prepara 'próxima fase da guerra'

Em demonstração de apoio, o secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, chegou hoje a Israel, que disse estar se preparando para "a próxima fase da guerra". O conflito contra o grupo extremista Hamas chegou hoje ao sexto dia, com ao menos 2.600 mortos.

O que aconteceu

Blinken chegou hoje a Tel Aviv para reiterar apoio norte-americano a Israel. Ele, que é judeu, fez um pronunciamento ao lado do premiê israelense, Benjamin Netanyahu, e disse que o país vai garantir que o aliado "tenha tudo que precisa para se defender".

A mensagem que trago para Israel é essa: vocês podem ser fortes o suficiente para se defenderem, mas enquanto os EUA existirem, vocês nunca terão de fazer isso sozinhos. Sempre estaremos ao lado de vocês.
Anthony Blinken, secretário de Estado dos Estados Unidos

Secretário dos EUA disse que ações "brutais e desumanas" do Hamas lembram as piores do Estado Islâmico, e que o grupo não representa o povo palestino. Blinken ainda deve se encontrar com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, e seguir para Amã, capital da Jordânia.

Blinken, porém, fez um alerta a Israel:

Israel tem o direito, e na verdade a obrigação, de se defender e de garantir que isto nunca mais aconteça. Mas como Israel faz isso é importante
Anthony Blinken, secretário de Estado dos Estados Unidos

Exército de Israel diz estar se preparando para "próxima fase da guerra" e sinaliza possível ataque terrestre a Gaza. Um porta-voz da Defesa israelense, coronel Richard Hecht, disse que o governo ainda não decidiu se vai atacar o enclave palestino por terra, mas que os militares estão se aprontando para isso. "Estamos nos preparando para a próxima fase da guerra", afirmou. "Pode ser pelo ar, pode ser combinado pelo ar e pelo mar, estamos esperando para ver o que nossa liderança política decide sobre uma possível guerra terrestre. Isso ainda não foi decidido".

Porta-voz disse ainda que o objetivo neste momento é "liquidar" o governo do Hamas.

Israel bombardeia a Faixa de Gaza desde sábado e mantém cerco à região, cortando o fornecimento de água, eletricidade e comida. Até ontem, mais de 300 mil moradores do território foram forçados a deixar suas casas, segundo balanço da ONU.

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Segundo autoridades, a guerra matou 1.300 israelenses e pelo menos 1.354 palestinos em Gaza. Há ainda quase 3 mil feridos, além de 150 reféns.

*Com informações da AFP e RFI

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