Israel diz ter indício de relação do Hamas com o Estado Islâmico em ataques
Robson Santos
Do UOL, em São Paulo
12/10/2023 06h16Atualizada em 12/10/2023 11h24
Militares da Força de Defesa de Israel confirmaram, nesta quinta-feira (12), terem encontrado uma bandeira do Estado Islâmico no colete de um membro do Hamas morto durante um ataque ao kibutz Sufa, perto da fronteira de Gaza.
O que aconteceu
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que o grupo extremista Hamas é "pior que o Estado Islâmico". A declaração veio após uma conversa de Netanyahu com o presidente dos EUA, Joe Biden. As autoridades israelenses ligaram o Hamas ao EI no ataque de sábado (7), segundo o jornal Times of Israel.
Eu disse a ele [Joe Biden] que o Hamas é pior que o Isis [Estado Islâmico] - e que eles deveriam ser tratados dessa forma.
Hezbollah defende povo palestino
O Hezbollah, outro grupo armado, fez demonstração de "solidariedade" ao povo palestino. No domingo, um dia após o ataque surpresa do Hamas contra Israel, o grupo Hezbollah usou uma posição no Líbano para disparar mísseis e artilharia contra os campos de Shabaa, na fronteira entre os dois países.
Em resposta, Israel diz que bombardeou dois locais ocupados pelo Hezbollah. Segundo o porta-voz das Forças de Defesa do país, os ataques foram feitos por via terrestre com tanques de guerra. Um helicóptero também atingiu outro local da organização islâmica.
No dia seguinte, um bombardeio de Israel contra o Líbano matou várias pessoas, incluindo três combatentes do Hezbollah. A "infiltração de vários suspeitos no território israelense a partir do Líbano" foi a justificativa dada pelo governo de Israel para os ataques.
Nesta quarta-feira (11), o Hezbollah assumiu a responsabilidade por novos disparos de mísseis do sul do Líbano contra Israel, afirmando que agiu depois que três de seus milicianos foram mortos na segunda-feira por bombardeios israelenses.
A ONU afirma que os bombardeios israelenses danificaram 12.600 prédios e deixaram 263 mil palestinos sem casa. Brasileiros no país relatam que a situação é cada vez mais dramática, porque as fronteiras seguem fechadas e itens como água e comida estão acabando.
Segundo autoridades dos dois lados, cerca de 2.400 pessoas morreram na guerra até o momento. O Ministério da Saúde da Palestina fala em 1.200 mortos em Gaza, enquanto Israel cita mais de 1.200 vítimas.
Na última terça (10), Israel afirmou ter encontrado 1.500 corpos de membros do Hamas, mas não deu detalhes. Os cadáveres, segundo o governo israelense, estavam no sul do país.