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Israel repudia fala de Petro sobre nazismo e corta exportação à Colômbia

O governo de Israel anunciou neste domingo (15) que suspendeu as exportações de material de defesa para a Colômbia. A decisão é uma resposta às declarações do último dia 9 do presidente colombiano, Gustavo Petro, que comparou o bloqueio total de Gaza pelos israelenses às práticas do nazismo contra os judeus.

O que aconteceu

Embaixadora da Colômbia em Israel foi convocada para reunião. Margarita Manjarrez foi informada de que as declarações "hostis e antissemitas" de Gustavo Petro foram recebidas com surpresa em Israel, "dada a violência dos ataques do Hamas".

Israel considerou que falas de Petro constituem apoio ao Hamas. A suspensão das exportações de material de defesa à Colômbia foi anunciada por Lior Haiat, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, no X (antigo Twitter). A guerra no Oriente Médio chegou hoje ao nono dia.

Israel repudia as declarações do presidente, que parecem apoiar as atrocidades cometidas pelos terroristas do Hamas, inflamam o antissemitismo, afetam os representantes do Estado de Israel e ameaçam a paz da comunidade judaica na Colômbia.
Lior Haiat, do Ministério das Relações Exteriores de Israel

Resposta de Petro

"Se for necessário suspender relações com Israel, suspenderemos". Em resposta ao anúncio, o presidente da Colômbia disse que não será insultado e que o povo colombiano é "independente, soberano e justo". Ele também pediu aos outros países da América Latina que sejam solidários à Colômbia.

Se for necessário suspender relações exteriores com Israel, nós suspenderemos. Não apoiamos genocídios. (...) Do povo de Israel, peço ajuda para a paz na Colômbia, na Palestina e no mundo. A Colômbia, como nos ensinaram [Simón] Bolívar e [Antonio] Nariño, é um povo independente, soberano e justo.
Gustavo Petro, presidente da Colômbia

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Postagem que causou reação de Israel foi feita no último dia 9. Na ocasião, o presidente colombiano citou o Holocausto para criticar o cerco total à Faixa de Gaza. "Era isso que os nazistas diziam aos judeus. Os povos democráticos não podem permitir que o nazismo se restabeleça na política internacional", escreveu.

(*Com AFP)

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