Joe Biden irá a Israel na quarta-feira, confirma secretário dos EUA
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, irá visitar Israel na quarta-feira (18), confirmou hoje o secretário de Estado norte-americano Antony Blinken.
O que aconteceu
A viagem de Biden ocorre como parte do apoio dos EUA ao governo de Israel frente ao Hamas, afirmou Blinken, que se reuniu hoje com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, com quem precisou se abrigar em um bunker.
O presidente Biden vai deixar claro, como ele já fez desde o massacre de mais de 1.400 pessoas, incluindo cerca de 30 americanos, que Israel tem o direito e o dever de defender o seu povo do Hamas.
Antony Blinken
A ida de Biden também é um recado para "qualquer ator, estado ou não-estado, que tente levar vantagem com esse ataque. Não o façam", declarou Blinken, em uma referência implícita a grupos como o Hezbollah e países como o Irã e a Síria.
Além disso, os EUA acordaram com Israel um plano de escoar doações para Gaza, que está sem infraestrutura hospitalar, sem água e sem insumos para a população civil, afirmou o secretário. "Vamos fazer todo o possível para que o Hamas não tenha acesso a esse fluxo. Recebemos positivamente o apoio de Israel ao plano", declarou Blinken.
Em Israel, Joe Biden também irá verificar quais são as estratégias de guerra de Israel para minimizar as baixas de civis, afirmou Blinken.
O presidente dos EUA viajará para a Jordânia depois da visita a Israel, disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby.
Enquanto estiver em Amã, Biden se reunirá com o rei Abdullah da Jordânia, com o presidente do Egito, Abdel-Fattah el-Sissi, e com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, para discutir a situação humanitária em Gaza, explicou Kirby.
O que significa a ida de Biden a Israel
Uma viagem do tipo seria tanto rara quanto arriscada, mostrando apoio dos EUA a Netanyahu em um momento no qual os EUA tentam impedir a ocorrência de uma guerra mais ampla envolvendo o Irã, seu aliado libanês, o Hezbollah, e a Síria, e quando os suprimentos de comida e combustível estão baixos na Faixa de Gaza, onde autoridades dizem que mais de 2.800 pessoas morreram em ataques israelenses.
Uma viagem, contudo, poderia aumentar o poder de Biden de influenciar nos acontecimentos da região, além de melhorar a sua imagem dentro dos EUA.
Biden e Netanyahu, aliados não tão próximos assim, juntaram forças apesar de terem desacordos sobre o futuro do Oriente Médio, com Biden frequentemente realçando seu apoio a um Estado israelense e um Estado palestino independentes.
Uma reunião presencial permitiria a Biden discutir em privado as preocupações e as possíveis linhas vermelhas de uma iminente invasão terrestre de Gaza por parte de Israel.
*Com informações da Reuters
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