Notícias da guerra em Israel hoje (26/10): Veja novas atualizações e vídeos

As Forças de Defesa de Israel confirmaram que a estratégia de incursão terrestre na Faixa de Gaza foi bem-sucedida nesta quinta-feira (26), quando o conflito contra o Hamas completou 20 dias. Os bombardeios durante a madrugada atingiram 250 locais do grupo extremista. 12 caminhões foram liberados para prestar ajuda humanitária. No Brasil, o presidente Lula conversou com famílias de reféns e desaparecidos.

Desde o início do conflito entre Israel e Hamas, 7.028 pessoas morreram e 18.484 ficaram feridas, segundo dados do Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlado pelo Hamas. Cerca de 2.913 crianças estão entre os mortos.

Ataque terrestre

Em comunicado divulgado no X, antigo Twitter, as FDI informaram que tanques e infantaria entraram no norte da Faixa de Gaza matando "muitos" combatentes do Hamas e destruindo infraestruturas militares e posições antitanques.

O exército de Israel, sob o comando da Brigada Givati, realizou a operação com o intuito de se preparar para "futuras fases de combate", referindo-se à possibilidade de uma ofensiva terrestre total. As forças israelenses saíram de Gaza após o ataque.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o presidente dos Estados Unidos Joe Biden conversaram por telefone ontem. O norte-americano pediu que a segurança e liberdade dos reféns sejam garantidas antes de iniciar uma guerra terrestre. Netanyahu disse que os preparativos estão quase concluídos e que o gabinete de guerra israelense tomará uma decisão unânime sobre quando agir.

Novos bombardeios

As Forças de Defesa de Israel atacaram mais de 250 locais do Hamas em Gaza, incluindo centros de comando, túneis e lançadores de foguetes. Segundo o comunicado, os alvos "estavam no coração de áreas civis que haviam disparado contra Israel durante a guerra".

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A Marinha israelense afirmou ter atacado um posto de lançamento de mísseis terra-ar do Hamas na cidade de Khan Younis. O Exército de Netanyahu afirmou que o local de lançamento de mísseis estava "localizado ao lado de uma mesquita e de um jardim de infância, o que é mais uma prova de que o Hamas utiliza deliberadamente civis".

Evacuação da Faixa de Gaza

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, recomendou que os cidadãos de Gaza não ligados ao Hamas deixem as áreas que serão invadidas. No entanto, as fronteiras com Israel estão fechadas e a passagem de Rafah para o Egito também está bloqueada. Ele também declarou que não haverá negociação política com o Hamas e que o objetivo é alcançar "uma vitória esmagadora".

A data e a hora da invasão terrestre não serão divulgadas ao público para garantir a segurança dos membros do Exército. O Ministério da Defesa de Israel propõe prolongar a evacuação das comunidades que vivem ao longo da cerca de Gaza e da sua fronteira norte com o Líbano até o final de dezembro, informou a emissora pública israelense. No entanto, a ordem de migração dada aos palestinos do norte da Faixa de Gaza para o sul foi classificada como "impossível" pelo porta-voz da ONU, já que a região abriga aproximadamente 1,1 milhão de pessoas.

O chefe do escritório político e de relações internacionais do Hamas, Basem Naim, disse à Al Jazeera que os palestinos em Gaza não deixariam sua terra natal. "Temos duas opções: derrotar essa ocupação ou morrer em nossas casas", disse.

Ajuda humanitária

Doze caminhões com comida, remédios e outros insumos médicos atravessaram a Passagem de Rafah em direção à Faixa de Gaza na manhã de hoje. A confirmação da ajuda foi feita pela Sociedade do Crescente Vermelho Palestino em publicação nas redes sociais. Ao todo, 74 caminhões já entraram com suprimentos para ajudar a população.

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O número, porém, não tem sido suficiente, de acordo com a estimativa feita pela ONU. A projeção ideal seria de que pelo menos 100 caminhões entrassem diariamente na Faixa de Gaza.

Israel não permitiu o fornecimento de combustível ao país devido à possibilidade de uso militar. A falta de combustível preocupa as autoridades locais, que temem pela vida de recém-nascidos em incubadoras.

Lula conversa com famílias de reféns

O presidente Lula (PT) conversou hoje por videoconferência com famílias de reféns e desaparecidos em Israel em meio ao conflito com o Hamas. O compromisso foi incluído de última hora na agenda do político, que ouviu do Fórum de Famílias de Reféns e Desaparecidos qual a situação atual no país.

Lula reforçou seu compromisso para que todos os reféns, brasileiros ou estrangeiros, sejam liberados. O governo brasileiro propôs um cessar-fogo em Gaza com a criação de um corredor humanitário para a retirada de civis. No entanto, a proposta do Itamaraty no Conselho de Segurança da ONU foi vetada pelos Estados Unidos. O grupo ainda não chegou a um consenso.

Ao todo, o governo brasileiro já repatriou mais de 1.200 brasileiros em Israel, além de animais domésticos e cidadãos de outros países da América do Sul que pediram ajuda ao Brasil. Lula trabalha ainda para trazer os cerca de 30 brasileiros que estão presos em Gaza.

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