Sakamoto: Israel vai esmagar qualquer chance de paz, mas sem destruir Hamas
O primeiro-ministro israelense acaba com qualquer chance de paz na região ao dar início à invasão por terra à Faixa de Gaza, afirmou o colunista do UOL Leonardo Sakamoto no UOL News da manhã de hoje (26). Segundo Sakamoto, ele diz que vai "conduzir Israel a uma vitória esmagadora sobre o Hamas" sabendo que, na prática, está apenas plantando mais ressentimento para ser colhido no longo prazo.
A forma como acontecer a ação do Netanyahu vai esmagar qualquer possibilidade de paz no Oriente Médio. Na prática, o que está sendo feito não é acabar com os terroristas. O Hamas se reproduz na ideia de vingança perene. Esse ataque terrestre de Israel não acabará com o Hamas. Muito pelo contrário: semeará a continuidade do Hamas. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL
Sakamoto classificou como "ultrajante" o que Israel chama de "resposta à altura" aos ataques do Hamas, já que a proporção de mortos na guerra chegou a 5:1 —cerca de 7 mil na Faixa de Gaza, contra 1,4 mil do lado israelense. O colunista acrescentou que Netanyahu aproveita a inércia da ONU em resolver o conflito para promover ataques sangrentos e se manter no poder.
Netanyahu quer mais é mostrar serviço para ver se tem a chance de não cair devido à incompetência que teve em não prevenir esses ataques. Ele quer exibir uma resposta que seja vistosa, mesmo que isso signifique uma tentativa de genocídio. Enquanto isso, a ONU se mostra incompetente para frear o conflito. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL
Análise: Fala de Netanyahu reflete longa 'dança macabra' dele com o Hamas
Benjamin Netanyahu promove mais um capítulo de sua longa "dança da morte" com o Hamas. A análise é do professor de sociologia Michel Gherman, que condenou as declarações do primeiro-ministro israelense com o início da incursão terrestre à Faixa de Gaza. O professor teme que o conflito se espalhe pela região e vê que a solução passa longe dos campos de batalha, mas pode ser encontrada nas mesas de negociação.
Netanyahu está sendo Netanyahu e produzindo uma perspectiva com seu futuro político. O que Netanyahu fez foi mais uma dança macabra que ele tem com o Hamas há mais de dez anos. Todo mundo sabe que não é a incursão por terra, nem os bombardeios, que resolverão a questão fundamental, que é a impossibilidade de negociação com um grupo cruel e bárbaro como o Hamas. Michel Gherman, professor de sociologia
Josias: Ataque no Maine é resultado de 'loucura estatal' pró-venda de armas
Para Josias de Souza, o ataque a tiros que deixou pelo menos 16 mortos e dezenas de feridos na cidade do Lewiston, no estado do Maine (EUA), é fruto da política armamentista do governo norte-americano. O colunista do UOL lamentou que o Brasil tenha "importado essa insanidade", sobretudo durante o governo de Jair Bolsonaro.
Episódios como esse massacre no Maine resultam da junção de duas anomalias: a loucura estatal de uma sociedade que favorece a aquisição de armas e o desequilíbrio privado de cidadãos que perdem o juízo. Quando essas duas insanidades se encontram, o desequilibrado mental sempre encontrará a arma e a permissividade governamental que insiste em manter ao alcance de qualquer um nos EUA. O resultado é a proliferação de tragédias. Josias de Souza, colunista do UOL
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